Imunidade de unção existe? O que significa não toqueis no meu ungido?

Imunidade de unção existe? O que significa não toqueis no meu ungido?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:07
ungidoJá vimos muita gente utilizar este termo para sair em defesa de líderes evangélicos, e até os próprios líderes se esconderem atrás de textos como: 1Sm 26:9; 1Sm 24:6; 1Cr 16:21-22; Sl 105:15. Afirmam que não podem ser confrontados, questionados, criticados, nem que se pode contradizer suas afirmações. Líderes, pastores, apóstolos, bispos, enfim, muitos homens e mulheres no exercício da liderança ministerial afirmam que não se pode levantar nenhum questionamento contra eles. Estão imunes, segunda a Bíblia desta condição, deixando afrontas somente aos leigos. Será isso verdade?
 
É claro que a Bíblia educa as pessoas à respeitarem seus líderes, a honrarem suas vidas, não há dúvida de que eles merecem toda nossa confiança, enquanto estiverem com sua vida submetida à Palavra de Deus. Enquanto a verdade, coerência, a honestidade, a pregação imparcial das Escrituras, e a vida digna de um líder, forem suas companheiras.
Nunca nenhum apóstolo ou líder da igreja do primeiro século apelou para qualquer imunidade de função ou unção, pelo contrário, a admoestação de um líder deveria ser pública como afirmou Paulo para Timóteo. (1Tm 5:19-20).
 
Todo texto tem seu contexto, e sabemos que Davi não quis tocar em Saul, porque confiava que Deus era o seu justificador, e não porque Saul não merecesse o confronto. Davi como líder de um pequeno grupo, foi sábio para não incitar seus homens contra Saul, contra o Rei, aquilo podia gerar a morte daqueles homens naquele contexto, pois Davi sabia que a hora dele estava chegando, uma vez que a vida de Saul estava baseada no pecado e no distanciamento de Deus. O próprio Davi afirma que Deus o vingaria e tomaria conta daquela situação. (1Sm 26:9-10).
 
Não vemos Pedro ou Paulo, diante de tantas provações e humilhações se utilizarem deste famoso bordão: “Não toquem no meu ungido, diz o Senhor!”, porque possuíam argumentos e testemunhos suficientes para calar a boca de seus críticos e confrontadores.
 
Como pastor, já recebi inúmeras críticas, e ainda recebo hoje. As pessoas possuem o direito de criticar, mas eu jamais vou apelar para o medo ou a intimidação com: “Cuidado! Não toque no ungido de Deus!” - minha vida, trabalhos, valores, atitudes e constância provarão isso, nada mais.
 
Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: "O Senhor conhece quem lhe pertence" e "afaste-se da iniqüidade todo aquele que confessa o nome do Senhor". (2 Timóteo 2:19)
 
A Ele toda a Glória!
 
 
- Pr. Bruno dos Santos
 

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