Amadurecer não é fácil. Aliás, é bem doloroso em várias etapas da jornada, pois como se diz: Crescer dói! Essa dor do crescimento é uma realidade humana, que surge na infância e adentra a pré-adolescência, fases da vida em que não há maturidade. Aproveito-me desta verdade para fazer uma analogia com as dores que sentimos em nossa infantilidade emocional, enquanto estamos caminhando em direção à maturidade.
Nesse processo, existem inúmeros desconfortos, que funcionam como gatilhos para que possamos amadurecer.
Mas o que significa amadurecer? Existem diversos conceitos sobre o amadurecimento, mas quero me ater ao amadurecimento psicológico/emocional e o amadurecimento espiritual.
Em qualquer que seja o caso, o processo de amadurecimento é uma jornada repleta de desafios e desconfortos que, muitas vezes, são os gatilhos necessários para o crescimento pessoal.
Na psicologia, amadurecer significa desenvolver habilidades emocionais, sociais e comportamentais que permitem lidar efetivamente com os desafios da vida adulta.
Isso inclui compreender e expressar emoções de forma saudável, assumir responsabilidade por escolhas e ações, cultivar relacionamentos interpessoais significativos, conhecer-se verdadeiramente e adaptar-se às mudanças com resiliência. E ainda: deixar o comportamento reativo.
Já o amadurecimento espiritual, conforme descrito na Bíblia, é o processo de crescimento na fé e no relacionamento com Deus, que leva a uma maior semelhança com Cristo e uma compreensão mais profunda dos propósitos divinos.
Não se engane: ambos doem. Porque crescer dói sempre. Mas vale a pena!
Em 1 Coríntios 13:11, o apóstolo Paulo escreve: "Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; agora que sou homem, deixei as coisas de menino". Aqui, Paulo compara o amadurecimento espiritual ao crescimento de uma criança para a maturidade, sugerindo que, à medida que crescemos em nossa fé, nossas perspectivas e entendimentos espirituais também se desenvolvem.
Além disso, em 1 Coríntios 3, Paulo discute a importância de construir nossa vida espiritual sobre um alicerce sólido, que é Cristo, e não em fundamentos frágeis como as coisas deste mundo.
A proposta (e necessidade de amadurecimento) sempre provocará um confronto, como Paulo fez com a igreja de Corinto.
É durante esses períodos de desconforto que somos desafiados a refletir sobre nossas próprias atitudes e escolhas, impulsionando-nos a amadurecer.
O amadurecimento também envolve aprender a lidar com as incertezas e desafios que inevitavelmente surgem ao longo do caminho. E isso pode não ser confortável. No entanto, os desconfortos são, de fato, gatilhos essenciais para o nosso amadurecimento pessoal.
Embora crescer possa ser doloroso e desafiador, é através desses momentos de desconforto que desenvolvemos a resiliência, a força interior e a sabedoria necessárias para enfrentar os altos e baixos da vida com coragem e determinação.
Se você se propuser a crescer, saiba que sentirá dor. Porém, tenha certeza de que o Pai te ajudará e fortalecerá nesse processo porque o Pai ama você.
Darci Lourenção
Darci Lourenção é psicóloga, pastora, coach, escritora e conferencista. Foi Deã e Professora de Aconselhamento Cristão. Autora dos livros “Na intimidade há cura”, “A equação do amor”, “Viva sem compulsão” e “Devocional Minha Família no Altar”.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: A Importância da Aprendizagem na Jornada da Vida Espiritual
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