Não plante onde você não terá colheita

O princípio de semear e colher é claro na Bíblia, onde vemos Jesus frequentemente usando a metáfora de uma plantação para ensinar sobre a vida cristã.

Em Mateus 13, Ele fala sobre a parábola do semeador, onde o solo representa diferentes tipos de corações humanos. Em terras rochosas, a semente não tem raízes profundas, e em solo entre espinhos, ela é sufocada.

A mensagem é clara: a semeadura deve ser feita em terrenos que permitam o crescimento saudável. Se o terreno for hostil ou indiferente à Palavra de Deus, a colheita será escassa ou nem acontecerá.

C.H. Spurgeon, um renomado pregador, disse que "não podemos esperar que a semente do evangelho frutifique em corações endurecidos pela incredulidade e pelo pecado", refletindo sobre a importância de um coração receptivo à Palavra de Deus.

Em nossa vida diária, muitas vezes nos vemos tentando plantar em terrenos que não oferecem as condições ideais para o crescimento. Isso pode se manifestar em relacionamentos, projetos ou até em nossa própria vida espiritual e ministerial.

Quando nos envolvemos em situações ou ambientes que não são alinhados com os princípios de Jesus, podemos acabar investindo nosso tempo e esforço em algo que não trará frutos capazes de sustentar a nossa própria vida.

John Piper, teólogo contemporâneo, alerta que "onde não há santidade, não há fruto espiritual", reforçando a ideia de que a verdadeira colheita vem de práticas alinhadas com os princípios ensinados na Palavra.

A falta de colheita também pode ser o resultado de semear com intenções erradas. Tiago 4:3 nos adverte: "Pedis e não recebestes, porque pedis com maus motivos, para gastardes em vossos próprios prazeres". Quando nossas ações são motivadas por egoísmo ou interesses pessoais, é como semear em solo estéril.

Não podemos nos esquecer que Deus conhece o nosso coração e nossas intenções. Se não estamos aptos a semear, precisamos pedir a Ele que nos capacite a isso. A humildade é agradável a Deus. Ele deseja que a gente semeie e colha.

Isso é tão verdade, que a Bíblia nos ensina a semear com generosidade e sinceridade, buscando sempre a vontade de Deus em nossas vidas. Como o apóstolo Paulo escreve em 2 Coríntios 9:6, "Aquele que semeia pouco, pouco também colherá".

Semeadura deve e precisa dar resultados!

Além disso, é importante reconhecer que a semeadura correta não é apenas uma questão de plantar onde é possível colher, mas também de discernir o tempo certo para fazer isso.

Em Eclesiastes 3:1, lemos que "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu". O tempo de semear e de colher não é o mesmo, e agir fora de tempo pode resultar em esforços infrutíferos.

As Escrituras nos incentivam a ser sábios e pacientes, aguardando a colheita no devido tempo, sem desesperar-nos pelos resultados imediatos. Embora a gente não veja o que se passa com a semente sob a terra, precisamos crer que Deus a está fazendo frutificar e ao tempo d’Ele, ela dará seu fruto.

A promessa de uma colheita abundante para os justos é uma verdade bíblica e uma fonte de encorajamento para todos os cristãos. Salomão disse: "O ímpio faz o mal, mas o que semeia a justiça terá o galardão certo" (Provérbios 11: 18).

A semeadura no Reino de Deus, no entanto, exige perseverança e fidelidade, sabendo que "a colheita virá se não desfalecermos" (Gálatas 6:9).

Mesmo quando o ambiente parece desfavorável, quando semeamos com fé, comprometidos com os princípios bíblicos, podemos confiar que Deus proverá a colheita de acordo com a Sua perfeita vontade.

O Pai ama você!

Darci Lourenção é psicóloga, pastora, coach, escritora e conferencista. Foi Deã e Professora de Aconselhamento Cristão. Autora dos livros “Na intimidade há cura”, “A equação do amor”, “Viva sem compulsão” e “Devocional Minha Família no Altar”.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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