Isaías mostrou quem o Espírito de Deus é ao dizer: “Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.” (Isaías 11:2)
Com a experiência em consultório tem sido claro a importância de detectarmos os significados que temos sobres as questões concernentes a “viver”.
Para dimensionarmos o conhecimento do que valorizamos, do que não damos importância, e até mesmo do que deletamos, é imprescindível que estejamos atentos ao que pensamos e ao que falamos. É fácil percebermos o que o outro pensa ouvindo o que ele fala, mas o que você pensa é muito, muito mais importante.
Você precisa se perceber, pois é responsável pelo que faz e pelo que deixa de fazer. E a sua edificação pessoal é resultado do que você pensa e do que você fala. Jesus disse: “A boca fala do que o coração está cheio”. Os pensamentos, quando não são verbalizados, são diálogos internos que continuam a ecoar dentro de nós; sem som, mas com muitos ruídos.
Diante do exposto, hoje quero compartilhar contigo, ou melhor, te convido a vir comigo, para pensarmos juntos na questão pai X filhos, e filhos X irmãos. Vamos? Chegou, então vamos iniciar nossa prosa?
Quando chegamos à casa do Pai encontramos o ambiente da intimidade. Descortinamos a realidade de sermos filhos de um Deus cuja multiforme graça nos alcançou.
A identidade de filho abre-nos também a certeza de sermos herdeiros. Romanos 8:16-17 diz: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.”
Quando nós pensamos que somos filhos, logo pensamos que somos irmãos de um mesmo pai e de uma mesma mãe. No nosso caso, aqui, neste contexto, somos filhos de um mesmo Pai. Isso só ocorre quando fazemos a opção por Jesus. Ao aceitarmos a Jesus, recebemos o poder de sermos feitos filhos de Deus (Jo 1:12).
Jesus é o caminho novo e vivo que nos leva ao Pai. “Sendo assim, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos mediante o sangue de Jesus, por um novo e vivo Caminho que Ele nos descortinou por intermédio do véu, isto é, do seu próprio corpo; e tendo um magnífico sacerdote sobre a Casa de Deus.” (Hebreus 10:19-21). Temos ainda o texto de João 14:6.
Lembra que no início deste texto mencionamos os 7 Espíritos de Deus? Aqui começa a importância do Espírito de entendimento. Quando nós chegamos ao Pai, começamos a compreender também que na casa do Pai há muitas moradas, e que uma delas é nossa. Você conhece a sua? Isso significa que todos os dias temos um lugar para chegar e também um lugar de onde sair. Olha que incrível: O salmo 23 diz que entramos (somos ovelhas, de acordo?) e saímos, que temos liberdade nesse movimento de entrar e sair de encontrar pastagens, descanso, para nossas almas.
Para este dia, para cada dia, precisamos entender que nossa alma é curada, recebe novo vigor. Cada vez que tomamos posse da convicção que esse Pai de Amor, Pai celestial, é vivo, é pessoal e também é real na construção de nossa história de vida. Apenas considerando que Ele não constrói sozinho, precisa da sua participação de seu envolvimento. É por isso que Ele diz: “Filho meu da me seu coração”. Ele quer e espera a sua entrega.
Viva com entendimento. Relacione-se com o Pai.
Observe que não há possibilidade de monotonia na vida cristã quando vivemos no entendimento de Isaías.
O que há com certeza é conhecimento e convicção: O caminho é novo e vivo (conf. Hebreus) e tem NOME: Seu nome é Jesus. Isso não tem aspecto religioso, tem a ver com comunhão, conhecimento e intimidade.
Agora devemos nos perguntar: Tenho a profunda convicção e entendimento do que é ser irmão e irmã em Cristo? Nosso elo e grau de parentesco são firmados pelo Espírito do Senhor.
Quando começamos a ter esse entendimento, há uma outra percepção que nasce de uma construção espiritual, que renova a nossa mente e sara as nossas emoções dos equívocos emocionais. Nasce também a convicção de que temos um Pai em comum, uma morada em comum e que todos nós – irmãos e irmãs em Cristo – que por apreciarmos essa comunhão com o Pai, amamos os nossos irmãos e zelamos pela casa de Deus – A Igreja.
Por sermos filhos de Deus, consideramos que a nossa Pátria é onde a Casa do Pai está situada, onde a nossa morada está sendo preparada, dia a dia, pelo grande arquiteto, o nosso Deus, que nos está edificando esse lar. Essa convicção faz com que nos tornemos zelosos para que esse Reino se manifeste entre nós cheio de glória, de paz e de verdade.
Deixo meu abraço, quero que ele seja forte e que essa reflexão e convicção lhe traga o desejo de entrar mais intimamente na comunhão do Amor do Pai, é esse o movimento para você descobrir que o Amor dele, é profundo, alto intransponível ... mais alto que os céus.
O Pai ama você, meu irmão, e a você, minha irmã.
Por Darci Lourenção, psicóloga, pastora, coach, escritora e conferencista. Foi Deã e Professora de Aconselhamento Cristão. Autora dos livros “Na intimidade há cura”, “A equação do amor” e “Viva sem compulsão”.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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