Construíram altares para o pão.
Espalharam pelas paredes fotos de pão.
Debateram receitas de pão.
Escreveram poemas exaltando o pão.
Distribuíram amuletos com miniaturas de pão.
Fabricaram réplicas de pão em ouro, prata e bronze.
Editaram manuais para o consumo do pão.
Instituíram sociedades do pão.
Discutiram a importância do pão.
Elaboraram regras para o acesso ao pão.
Formaram padeiros e especialistas em pão.
Edificaram casas do pão.
Criaram rituais para degustação do pão.
Dançaram ao redor do pão.
Assaram o pão.
Publicaram livros a respeito do pão.
Ensinaram as crianças a gostar de pão.
Patentearam o pão.
Elegeram guardiões do pão.
Mataram em nome do pão.
Recusaram o pão a milhares.
Organizaram romarias para ver o pão.
Venderam o pão.
Entoaram canções em louvação ao pão.
Ficaram de joelhos diante do pão.
Mas jamais comeram o pão.
Por Ed René Kivitz
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