Natal: uma mensagem cristã

“Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!”

Fonte: Guiame, Ediudson FontesAtualizado: terça-feira, 20 de dezembro de 2022 às 16:20
Ilustração natalina (Freepik)
Ilustração natalina (Freepik)

No calendário litúrgico cristão, separam-se algumas datas especiais para realizações de festas e comemorações. O Natal é uma delas. Mas afinal, qual é a mensagem do Natal? Alguns dirão que é uma data comercial inventada pela Coca-Cola, que usa a figura do Papai Noel, inspirado pelo Bispo de Mira, São Nicolau (século IV), conhecido como “defensor dos fracos”, pelo grande legado que deixou, mas pouco mencionado. Outros afirmam que a data natalina é uma comemoração pagã, e por essa razão não devemos comemorar. Todavia, se começarmos a “seguir ao pé da letra” esse raciocínio, não deveríamos comemorar aniversário de empresas, instituições religiosas, estados, países e o nosso nascimento. Não há sentido de ignoramos essas datas comemorativas. Então, por que ignorar o Natal?

Natal tem uma centralidade cristã: o nascimento do nosso Senhor Jesus Cristo. O mistério da encarnação: a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade se fez homem e habitou entre nós (Mateus 1:21-23). A razão do Seu nascimento é o plano de Deus para a humanidade. Após a queda do primeiro casal no Eden, Thiessen afirma que o pecado “abrange não apenas a incapacidade de fazer qualquer coisa que agrade a Deus, mas também a posse de natureza corrupta.” (THIESSEN, 2010. Página 189). A humanidade herdou a natureza pecaminosa (Romanos 3:23) e, por consequência, ficou afastada de Deus. Mas na cruz do Calvário, Jesus Cristo ofereceu perdão para toda humanidade (1 João 2:2). Em Cristo Jesus, somos transformados em filhos de Deus (João 1:12), vivemos em novidade de vida em Jesus Cristo (2 Coríntios 5:17), nos tornamos o habitar do Espírito Santo (1 Coríntios 3:16; 6:19). Essas e outras bênçãos espirituais recebemos quando entregamos a nossa vida para Jesus Cristo.

Em Lucas 2:8 e 9, a narrativa bíblica afirma que “um anjo do Senhor” apareceu aos pastores que estavam no campo apascentando as ovelhas. O anjo lhes disse: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.” (Lucas 2: 10-12). Que notícia maravilhosa! O Salvador do mundo nasceu, mediante esse acontecimento milagroso, e trouxe salvação e libertação dos nossos pecados.

Não somos salvos por merecimento nem obras, mas é mediante a graça de Deus (Efésios 2:8). Um anjo anunciou aos pastores o nascimento do Salvador, e porque nós devemos nos calar diante de um mundo sofrido por dores, enganos e frustações que precisam ouvir uma mensagem da verdadeira esperança que só em Jesus Cristo pode oferecer. Ignorar o Natal, é ignorar a ordem Dele da responsabilidade da pregação do evangelho (Mateus 28:19 e 20; Marcos 16:15). Em Lucas 2:13 e 14, a narrativa destaca que apareceu um “coral de anjos”, louvando ao Senhor Deus na seguinte forma: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!” Os anjos louvaram a Deus pelo nascimento do Senhor Jesus, porque eles sabiam da função e a importância do nascimento Dele. A humanidade foi o alvo desse nascimento. E por que nós não devemos celebrar o Natal?

Devemos sim celebrar o Natal. Enquanto muitas famílias usam dessa data apenas para realizar festa para satisfazer as suas vontades e esquecendo o verdadeiro motivo, aos que professam a sua fé em Jesus Cristo, com alegria e gratidão, louvem ao Seu grande nome, exaltem a Sua soberania, agradeça ao Senhor por mais uma oportunidade vida com a sua família e amigos queridos, pois Ele nos proporciona esses benefícios. Cantemos com alegria e celebremos, porque “Deus se fez um de nós”!

Desejo a todos um Feliz Natal!

Bibliografia:

THIESSEN, Henry Clarence. Palestras Introdutórias à Teologia Sistemática. São Paulo. Editora Batista Regular. 2010.

Ediudson Fontes é Pastor auxiliar da Assembleia de Deus – Ministério Cidade Santa no RJ. Bacharel em Teologia pela Fateos. Pós-graduação em Ciência das Religiões. Mestrado em Teologia Sistemática pela Fateos. Professor de Teologia, escritor e consultor teológico. Autor de “Panorama da Teologia”, Reforma Protestante e Pentecostalismo – A Conexão dos Cinco Solas e a Teologia Pentecostal e A Soteriologia na relação entre Arminianismo e Pentecostalismo (Editora Reflexão). Casado com Caroline Fontes e pai de Calebe Fontes.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: A importância das Escrituras em nossas Igrejas – Parte 2

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