Coluna Edmílson Mendes

Coluna Edmílson Mendes

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

O que existe no fim do arco-íris?

Contos de fadas fizeram a gente acreditar num recheado pote de ouro. Mas nós crescemos e deixamos de acreditar em contos de fadas. No entanto, a fé nos faz teimosos apaixonados pelas poesias, profecias e promessas bíblicas, pois são elas que nos respondem o que tem no fim do arco-íris.

Tem esperança. Isso mesmo. Conquanto a multiplicidade e beleza da combinação das cores, o significado da cor verde bem que poderia ser a explicação da união das cores do arco-íris.

Cada vez que apreciamos o arco no céu somos renovados na esperança. E quem não precisa de esperança? Quem suportaria viver suas catástrofes sem acreditar que as mesmas poderiam ter uma solução? Quem suportaria um dilúvio que nunca tivesse fim? Um dilúvio que nunca cessasse cedendo espaço para um céu azul cortado por um arco divíno? Quem?

Nossos irmãos de fé, de pátria e de terra em Santa Catarina carecem de um arco-íris que lhes devolva a esperança. Exatamente assim, o arco-íris tem em seu fim o começo da esperança, alimentando a convicção de que tudo pode recomeçar, de novo, outra vez e sempre!

O geólogo Luiz Fernando Chaves, no Canal Livre do último dia 30 de novembro, na Band, falando sobre Blumenau, disse que se fosse apenas uma enchente a população estaria preparada, pois com enchentes estão acostumados. O problema é que Blumenau foi duramente atingida por deslizamentos, onde lamas volumosas e incontroláveis destruíram, afogaram e mataram tudo que tinha pela frente.

Ouso dizer que a tragédia de Santa Catarina se parece com muitas tragédias que nos surpreendem sem prévio aviso. Nós nos preparamos para enchentes, de repente, vem o deslizamento de lama sobre nós, em forma de decepção com pessoas que confiávamos, escândalos impublicáveis, traições vergonhosas, calúnias incontroláveis, afogamento de sonhos, projetos, planos. Então, envolvidos por tanta lama, o que fazer? A única alternativa é olhar para cima a procura de esperança.

Foi após um duro, sofrido e inesquecível ano de dilúvio que Deus disse: "Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós...por gerações eternas: o meu arco tenho posto na nuvem... as águas não se tornarão mais em dilúvio, para destruir toda carne." -  Gênesis 9.12-15

Por mais difícil que seja para nós, é inescapável termos de admitir que Deus segue fiel com sua aliança. Este mundo não mais foi totalmente envolvido por um dilúvio. O Tsunâmi atingiu uma região, como também o Katrina e, agora, Santa Catarina. Na somatória, tragédias, perdas, mortes, desespero, dor, angústia, princípio de dores. Mas não dilúvio, como insistem alguns.

O arco-íris, uma vez mais, vai surgir. Talvez muitos não percebam. Talvez a imprensa não divulgue. Talvez seja confundido como um normal evento da natureza. Para muitos, talvez seja só um mito, uma lenda. No entanto, sei que para muitos sofredores vitimados nas regiões do sul do Brasil, ele será a certeza de esperança num Deus que fez uma natureza perfeita, com equilíbrio e propósito, para ser cuidada e não sacrificada, administrada e não banalizada pela indústria da ganância, do poder, do ter, enfim, do cinismo.

Não duvide, outras enchentes e outros deslizamentos virão, sejam naturais ou espirituais. Para sobreviver a eles mantenha os olhos erguidos, focados em Cristo, pois é só assim, santificando a Cristo em nosso coração, que estaremos sempre prontos para responder, com mansidão e temor, a razão da esperança que há em nós, independentemente da catástrofe que venha a nos envolver. (I Pedro 3.15)

Depois da tempestade vem a bonança. Com o arco-íris, renasce a esperança. Nenhum tipo de lama será capaz de afogar a fé daqueles que em Deus esperam. Vamos ofertar e doar o que for possível, é nosso papel e dever social. Mas vamos dar o nosso melhor, nossa oração e fé em Jesus, salvação e esperança nossa.

Paz!

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, tendo escrito quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

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