Impressiona a quantidade de perguntas, de interpretações, até de apostas, quanto a essa guerra estar ou não profetizada nas páginas do livro sagrado. As pessoas querem saber se nas profecias do Apocalipse, de Daniel, de Ezequiel, tem alguma coisa falando deste ataque da Rússia a Ucrânia. Existe, enfim, uma verdadeira corrida para entender se estamos ou não nos aproximando do fim.
Palpites, opiniões, respostas, análises, interpretações, não faltam. Tem para todos os gostos. E tem das mais variadas fontes, sérias, oportunistas, aproveitadoras, piedosas. Por um lado, uma sede natural por compreender este tempo, por outro lado um ajuntamento de organizações que infelizmente, hoje em dia, mais desinformam do que informam.
Exemplo? Parte da chamada grande imprensa trocou o jornalismo pela militância. Nas redes sociais multiplicam-se especialistas para todo e qualquer assunto. Profecias de Nostradamus e mais um sem-número de profetas e gurus pipocam por todos os lados. Enquanto isso, inocentes seguem morrendo, indefesos e sem entender exatamente por que estão em meio a uma guerra. Triste, muito triste.
Jesus, quando abordado sobre questões muito parecidas, deu uma pista valiosa ao dizer que eles sabiam interpretar os sinais do céu para definir se choveria ou não, se faria sol ou não, portanto bastaria estarem com a submissão e a espiritualidade bem conectadas ao texto bíblico para perceberem os sinais quanto aos tempos do fim.
Dê uma olhadinha para trás. Não víamos a hora que 2019 acabasse, o ano estava muito ruim. Então chegou 2020, fogos de artifício, novo ano e, de repente, março, pandemia no mundo. 2021 passando e tudo piorando. 2022 começou com a expectativa de finalizarmos a pandemia que, ao que parece, caminha para uma endemia, aguardemos. Então, logo em fevereiro, guerra. Pior, ameaça real de uma terceira guerra mundial.
Some-se a estes macros eventos todas as catástrofes ambientais que vão se desenrolando nas diversas partes do mundo, terremotos, maremotos, avalanches, chuvas violentas e acima da média, frio fora de época, neve intensa, sol que não dá trégua. E, das catástrofes, a pior e mais evidente que todo dia nos afronta nos noticiários, na vizinhança, nos relacionamentos: o amor, que segue esfriando sem qualquer freio, congelando toda uma geração no freezer da violência, do egoísmo, do individualismo, do hedonismo.
É tempo de nos achegarmos a Deus. Os sinais estão aí. O “princípio de dores” está aqui, chegou. Mas, ainda não é o fim, disse Jesus. Portanto preocupe-se com o “ainda”. Esse “ainda” indica que as coisas caminham a passos largos, não temos tempo a perder, na linguagem apocalíptica: quem é sujo suje-se mais, quem é santo santifique-se mais. Ou seja, faz o seu. O seu melhor, pois o Cordeiro que foi morto e reviveu, está voltando como um Leão.
E esta guerra, a Bíblia previu? Como todas as outras, previu. Está registrado no livro que me chama para uma vida íntegra, com caráter moldado pelo Pai, com submissão Àquele que cuida dos seus, que perdoa, que julga, que absolve, que condena, acima de tudo, que quer salvar aqueles que têm lutado a boa luta do evangelho. O livro é o do Eclesiastes, 3:8, “Há tempos de guerra, e tempos de paz”.
Todas as guerras estão aí. Desde a guerra com seu patrão, com seus parentes, com seu cônjuge, com seus filhos, com seus irmãos, até as guerras e rumores de guerras de nação contra nação. Deus deu a cada um de nós um tempo de vida. O detalhe é que não sabemos quanto tempo é. Mas conforta saber que nos tempos daqui nada dura eternamente, tem guerra, mas também tem paz!
Não importa qual seja o tempo que estejamos vivendo, fico com as últimas palavras do pregador: De tudo o que se tem ouvido o fim é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos! É incrível como a sabedoria bíblica nos incentiva a cuidarmos de nós mesmos e confiarmos nEle. Acalma o coração, Ele é o Senhor do tempo e da vida, continua no controle e sabe o porquê de todas as coisas.
Edmilson Ferreira Mendes é escritor, pastor, teólogo, observador da vida.
* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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