O que mais poderíamos querer?

Que bom! Você está lendo este texto! Mais, você está lendo e entendendo. Além de ler estas palavras, também vê a imagem escolhida para ilustrar o texto. Mas não apenas lê, entende e vê. Você critica o texto e a imagem, emite uma opinião, gosta ou não, aprecia ou não, aprova ou não. Que bom! Você é o máximo, coroa da criação de Deus.

 

Ler, entender e ver. É demais, é maravilhoso, mas é só o começo. Você fala, cheira, ouve, sente, experimenta e saboreia. Você anda, corre e dorme. Você cria, imagina, sonha e pensa. Você chora, ri, canta e grita. Você abraça, cumprimenta, ajuda, acaricia e ama. Você reflete, analisa, pondera e questiona. Você investiga, estuda e pesquisa. Você rabisca, risca, arrisca e escreve. Você é único, tem pensamentos únicos e digitais únicas. Em meio a bilhões você é exclusivo. Você é, enfim, exclusivamente especial.

 

Então, sendo como somos. Tendo as chances que temos. Vivendo as oportunidades que vivemos e apesar de todas as coisas boas que herdamos, frequentemente colocamos tudo a perder, pois  infelizmente também agimos em conflito com tudo que graciosamente recebemos.

 

Que mal. O orgulho nos cega. A excessiva vaidade consome nossos esforços. A ânsia de ter diminui nossa vigilância ética e moral. A fome por entretenimento nos leva para longe da palavra compromisso. A sede de poder, fama e sucesso vai minando valores. O egoísmo em ser feliz fecha os olhos e a razão para a felicidade das pessoas mais próximas a nós. Ah, que pena! E que mal! Temos permitido que tudo isso acumule misérias nos cantos mais secretos da nossa alma.

 

Quem somos, afinal? A obra maravilhosa do Criador? Ou a desgraça maior de um mundo em franco desmoronamento? Somos a coroa da criação para viver para a glória de Deus? Ou somos o retrato da rebelião que se opõe contra os atos de amor de Deus? Para o bem e para o mal somos uma coisa e também a outra. Originalmente frutos da bondade, desobedecemos, descuidamos e descambamos para a maldade e seus frutos maus.

 

E mesmo assim. E apesar de tudo. E apesar de nós. Tudo de bom que relatei no início deste texto continua ao nosso alcance e dispor. O que mais poderíamos querer? Por que desprezamos tanto e tão insistentemente tudo que vem da bondade de Deus para nós? Por quê?

 

Daniel 9:9 responde: “O Senhor nosso Deus é misericordioso e perdoador, apesar de termos sido rebeldes”. Essencialmente, desprezamos a bondade por conta das rebeldias que praticamos, sempre dando as costas para o modelo de vida que Deus orienta.

 

Mas Daniel 9:9 também responde o que mais poderíamos querer. Para mim, nada! Pois o profeta afirma categoricamente que apesar das minhas rebeldias, Deus continua misericordioso e perdoador. E é somente o perdão e as misericórdias constantes do incondicional amor de Deus que podem me trazer equilíbrio no agir e no pensar.

 

Temos um Deus que tudo nos dá e, mesmo quando desprezamos o “tudo” perfeitamente dado por Ele, ainda temos o beneficio da misericórdia dEle e a graça do perdão dEle. O que mais poderíamos querer? Talvez devêssemos querer reconhecer mais e valorizar mais todas as graças vindas da parte dEle, que teimosa e inexplicavelmente insistimos em ignorar.

 

Paz!

 

 

- por Edmilson Mendes

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