2020 chegou chegando. Nem tivemos tempo de curtir uma volta calma ao trabalho, de olhar preguiçosamente pra agenda e planejar datas, nada disso, simplesmente o mundo foi colocado em estado de alerta. Pouquíssimos dias e muitas notícias causando e abalando as estruturas. Tem pra todos os gostos. Umas, banais. Outras, preocupantes.
Entre as banais destaco uma nem tão banal. O tapa do papa. Deu o que falar. A fiel, emocionada com a passagem do papa bem a sua frente, resolveu puxá-lo pra dar um beijo em sua mão. O pontífice, claramente nervoso e irritado com o atrevimento, puxou com força sua mão, deu um tapa na mão da mulher e saiu com cara de poucos amigos.
Sim, o papa é homem como outro qualquer, precisa ter respeitado seu espaço, é de fato irritante uma pessoa nos puxar contra nossa vontade, não temos sangue de barata e, haja paciência... Tudo certo e perfeitamente explicado. Mas não justifica. A posição dele pede um autocontrole maior do que nas demais pessoas, pede aquela parte do fruto do espírito que tanto aconselhamos nos sermões: domínio próprio. Isso é tão verdade que, logo no dia seguinte, em sua aparição pública, tratou de pedir desculpas, o que foi nobre de sua parte.
Entre as preocupantes, destaco a mais preocupante, a crise que se desencadeou entre Estados Unidos e Irã por conta do assassinato do segundo homem do Irã, de autoria confirmada pelos EUA. A vingança já foi prometida. Países no Oriente Médio estão todos em estado de alerta. Analistas não param de emitir suas opiniões sobre a real possibilidade de uma terceira guerra mundial. Parte da imprensa faz o que deve fazer, informa tudo de ambos os lados. Outra parte informa apenas o que interessa. Outra parte distorce informações. Enfim, o quadro é crítico e preocupante frente aos riscos reais, mas boa parte de quem poderia ajudar quer apenas tirar proveito do caos.
As agressões verbais, políticas, financeiras, religiosas, físicas, bélicas, entre essas nações, já vem de décadas. Não ocorreu neste janeiro. Desde a minha mais tenra idade as notícias preocupantes e assustadoras, vindas do Oriente Médio, são uma constante nas manchetes. Interpretações sobre as profecias bíblicas não faltam a cada episódio midiático. Pessoas com crise de pânico e ansiedade, por conta destas notícias, também não faltam neste início de ano.
2020 já colocou as cartas na mesa e disse a que veio. Vamos embarcar num mar de dúvidas, medos, terrores, ameaças, ou vamos navegar na embarcação que tem Jesus como seu capitão? Nesta embarcação, quem manda, define com clareza os fatos e dá garantias de salvação é Ele. Veja:
“As nações e os reinos da terra se levantarão uns contra os outros; haverá fome e terremotos em muitos lugares. Mas tudo isso será apenas o princípio de horrores futuros. Então vocês serão torturados e mortos, e odiados no mundo todo porque são meus. E muitos de vocês cairão novamente no pecado, e trairão e odiarão uns aos outros. E aparecerão falsos profetas, que desviarão a muitos. O pecado andará solto por toda parte e esfriará o amor de muitos. Mas aqueles que ficarem firmes até o fim serão salvos. E a Boa Nova do Reino será pregada pelo mundo inteiro, para que todas as nações a ouçam, e depois virá o fim.” Mateus 24:7-14, Bíblia Viva.
Podemos não saber interpretar tudo, compreender tudo, definir eventos e datas, identificar e dar nome aos personagens atuais de acordo com as profecias, ok, admitimos nosso limite e incapacidade. Mas temos a certeza das palavras de Jesus e a firme confiança em suas promessas, pois se Ele prometeu, é poderoso para cumprir. Nos agarremos à Palavra. Não nos deixemos intimidar por ventos de más notícias, de más doutrinas, de falsos ensinos. Antes continuemos firmes em nossa torre de vigia, cumprindo nossa missão, na certeza de que quando em fidelidade na missão somos diretamente beneficiados por uma de suas mais lindas promessas: “... e eis que estou convosco pelos séculos dos séculos!”. Vem tranquilo, 2020, o Senhor está conosco.
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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