Que santo sou eu?

Que santo sou eu?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:12

Das buscas que desenvolvemos ao longo da vida, a santificação merece nossos melhores esforços e concentração. Por mais dedicados que sejamos, ainda será muito pouco. Na santificação somos parceiros de Deus. A obra santificadora é dEle, é mérito exclusivo dEle, pertence a Ele. E mesmo assim, neste processo temos o privilégio da parceria com o divino. Deus está no céu, nós na terra e, apesar da distância, precisamos pelo menos desejar o que Ele sonha: a nossa santificação.

Que santo sou eu? Kierkegaard me ajudou a encontrar pelo menos um caminho para responder meu questionamento pessoal. Num pensamento bastante simples ele expressou uma ótima dica: A vida deve ser entendida olhando para trás; mas… deve ser vivida olhando para frente.

Kierkegaard, com esta frase, me incentivou a rotineiramente fazer balanços e análises da minha vida. Fazendo, acabo descobrindo coisas. Balanços e análises apontam falhas, furos, até acertos que, sem a devida e acurada observação seriam impossíveis de se perceber. Engolidos por correrias nos resumimos ao frenesi de uma vida acelerada, sem tempo para ver, sentir ou perceber. Meditar e ponderar são atividades fundamentais rumo a santificação. É preciso olhar para trás para viver melhor e errar menos na vida que deve ser vivida lá na frente.

Sou um santo pecador em formação, em processo, em construção. Reconhecer isso me acalma, me tranquiliza e me deixa em paz com Deus, com minha esposa e filhos, com meus pais e irmãos, com sogros e sobrinhos, com cunhados e tios. Sou assim e só cheguei aqui porque Deus é. Ele eternamente é. É o Santo que nos santifica e nos inspira a lutarmos nossa luta, nEle nossa luta nunca será vã, sempre terá sentido e propósito, mesmo quando não entendermos qual o sentido e o propósito. Afinal, o fato de eu não entender não significa inexistência de sentido ou propósito, significa apenas que um pecador como eu ainda não atingiu a iluminação necessária para compreender os desígnios de Deus na própria vida.

Termino este texto com Thomas Merton, a objetividade de um de seus pensamentos me ajuda na resposta da minha pergunta, que santo sou eu? A frase de Thomas Merton diz o óbvio. Mas por trás do óbvio eu imagino as lutas da sua alma para chegar na conclusão que chegou. Conclusão com a qual eu concordo e que agora compartilho com você: Para mim, ser santo significa ser eu mesmo.

Paz!

 

por Edmilson Mendes

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