Fernando Sousa

Fernando Sousa

Fernando Sousa é pastor, apaixonado por Jesus, missionário e líder da Base da Missão Iris Global em Portugal. Casado com Nathalia Diaz e pai do Christofer.

A Teologia do novo Superman

Superman foi criado por dois judeus nos anos 1930, em meio ao crescente antissemitismo e às sombras da Segunda Guerra Mundial.

Fonte: guiame, Fernando SousaAtualizado: terça-feira, 12 de agosto de 2025 às 17:44
(Imagem: DC Studios/Divulgação)
(Imagem: DC Studios/Divulgação)

Assisti ao novo filme do Superman — e algo mexeu profundamente comigo. Mais do que efeitos visuais ou ação, o que me tocou foi a conexão simbólica entre o herói, o povo judeu, e a figura de Jesus. Sim, você leu certo.

Superman foi criado por dois judeus nos anos 1930, em meio ao crescente antissemitismo e às sombras da Segunda Guerra Mundial. Ele é um forasteiro, enviado por seu pai de um mundo distante, adotado por pais humanos, crescendo em humildade, escondendo sua identidade… até que decide se revelar ao mundo para salvá-lo.

A figura de Superman carrega ecos profundos do Messias:

“Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.”  João 1:11

“Não há maior amor do que dar a vida pelos seus amigos.”  João 15:13

No novo filme, a escolha de um ator judeu não é por acaso — e sua atuação ecoa ainda mais o clamor de um povo perseguido, mal compreendido, mas também portador de promessas eternas.

A Bíblia deixa claro que a salvação vem dos judeus (João 4:22). Jesus é judeu. Os apóstolos eram judeus. As promessas, alianças e profecias foram dadas primeiro a Israel (Romanos 9:4-5).

Mas a história da humanidade (e da mídia) frequentemente tenta apagar essa identidade, seja com antissemitismo aberto ou com distorções sutis. E isso tem se intensificado.

Tal como Superman, Israel tem sido perseguido, exilado, incompreendido — mas continua sendo instrumento de redenção.

Por outro lado, nós como Igreja muitas vezes nos esquecemos de que fomos enxertados na oliveira original (Romanos 11:17-24). Há um mistério profundo entre Cristo, o Messias judeu, e a Igreja, sua Noiva de todas as nações.

O novo Superman nos lembra disso: um herói com identidade esquecida, rejeitado pelo mundo, mas cheio de compaixão e poder para salvar.

Filmes como esse não salvam — mas eles ecoam algo do anseio humano por redenção, justiça e um salvador. Quando assistimos com discernimento, conseguimos ver as marcas do Evangelho onde o mundo só vê entretenimento.

Que essa reflexão nos leve a:

Honrar a identidade judaica de Jesus;

Rejeitar toda forma de antissemitismo, consciente ou inconsciente;

Viver como luz no mundo, como pequenos “supermen”, imitadores d’Aquele que verdadeiramente desceu do céu para nos salvar.

“Porque Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por meio dele.”  João 3:17

 

Fernando Sousa (@fernando.sjourney) é pastor, apaixonado por Jesus, missionário e líder da Base da Missão Iris Global em Portugal. Casado com Nathalia Diaz e pai do Christofer.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: É tempo de trocar as nossas vestes!

 

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