“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 6.1-4).
O quinto mandamento da lei de Deus trata da relação dos filhos com os pais. Duas palavras resumem o dever dos filhos para com os pais: Obediência e honra. Quando Paulo escreveu esta carta aos efésios estava em vigência no Império Romano o regime do pater postestas. O pai tinha o direito absoluto sobre o filho: podia casá-lo, divorciá-lo, escravizá-lo, vendê-lo, rejeitá-lo, prendê-lo, e até matá-lo.
Hoje estamos vivendo o outro extremo. Na década de 60 irrompeu com os hippies uma contracultura. Os jovens se revoltaram contra a autoridade dos pais e se rebelaram contra toda sorte de autoridade institucional.
O apóstolo menciona três motivos que devem levar os filhos a honrarem e serem obedientes aos pais: a natureza, a lei e o evangelho.
Em primeiro lugar, a natureza (Ef 6.1). “Filhos obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo”. A obediência dos filhos aos pais é uma lei da própria natureza, é o comportamento padrão de toda a sociedade. Os moralistas pagãos, os filósofos estóicos, a cultura oriental (chineses, japoneses e coreanos), as grandes religiões como Confucionismo, Budismo e Islamismo defendem também essa bandeira. É antinatural os filhos desobedecerem aos pais. A desobediência aos pais é um sinal de decadência moral da sociedade e um sinal do fim dos tempos ( Rm 1.28-30; 2Tm 3.1-3).
Em segundo lugar, a lei (Ef 6.2-3). “Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra”. Honrar os pais é mais do que obedecê-los. Os filhos devem prestar não apenas obediência aos pais, mas, também devotar a eles amor, respeito e cuidado. É possível obedecer sem honrar. Na imortal parábola que Jesus contou, o irmão do filho pródigo obedecia ao pai, mas não o honrava. Há filhos que desamparam os pais na velhice. Há outros que trazem flores para o funeral dos pais, mas jamais lhes presentearam com um botão de rosas, enquanto estavam vivos. Honrar pai e mãe é honrar a Deus (Lv 19.1-3). Porém, resistir a autoridade dos pais é insurgir-se contra a autoridade do próprio Deus. Honrar pai e mãe traz preciosos benefícios (Ef 6.2,3). A promessa consiste em prosperidade e longevidade. No Velho Testamento as bênçãos eram terrenas e temporais, como a posse da terra. No Novo Testamento nós somos abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais em Cristo (Ef 1.3). Um filho obediente livra-se de grandes desgostos. Quantos desastres seriam evitados se os filhos ouvissem o conselho dos pais! Quantos casamentos desastrosos jamais aconteceriam se os filhos ouvissem a orientação dos pais! Quantas companhias nocivas, que levam para o abismo, seriam evitadas se os filhos ouvissem os pais! Quantos namoros turbulentos jamais começariam se os filhos atendessem à orientação dos pais! Obedecer pai e mãe é um antídoto contra grandes desastres na vida!
Em terceiro lugar, o evangelho (Ef 6.1): “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor…”. O apóstolo Paulo em Colossenses 3.20 fala que os filhos devem obedecer aos pais em tudo, já Efésios 6.1 equilibra dizendo que devem obedecer no Senhor. O que Paulo está ensinando? Os filhos devem obedecer aos pais porque eles mesmos são servos de Cristo. Eles devem obedecer aos pais por causa do relacionamento que têm com Cristo. Em Cristo a família é resgatada à plenitude do seu propósito original. Nossos relacionamentos familiares são restaurados porque estamos no Senhor. Porque estamos em Cristo, nossos relacionamentos são governados por ele. Quanto mais servos de Cristo somos, mais harmoniosa será a relação entre filhos e pais. Porque os filhos vivem para a glória de Deus e têm deleite em fazer sua vontade, eles aprendem a obedecer aos pais porque isto é agradável ao Senhor (Cl 3.20).
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