A idade certa para casar é aquela que acontece no tempo certo, os jovens e adolescentes estão começando os namoros mais cedo.
Aliás nem quero entrar no âmbito da precocidade dos adolescentes, o problema não está apenas no começo do namoro, mas também no fim dele.
A nossa sociedade capitalista e triunfalista nos formatou da seguinte forma: o certo é casar depois que a vida estiver estável financeiramente.
Os meus pais se casaram com 19 anos, a minha geração se casou com 25, mas agora a maioria está se casando com 28, 30 anos.
Está posto à mesa um problema que não se viu antes, a fase de namoro de uma pessoa deu um salto de 4 anos a 20 anos em pouco mais de uma geração.
E quanto a nós, cristãos, que acreditamos que o sexo é para o casamento?
Um adolescente recebe, desde os 10 anos, uma carga grande entre os amigos para namorar, ouve na igreja para se abster do sexo e ouve dos pais para nem pensar em casar antes de se formar na faculdade.
Soluções como a proibição dos pais ao namoro até certa idade já se mostrou apenas um combustível altamente inflamável para os adolescentes.
A proposta dos líderes de jovens para um namoro sem nenhum contato físico, a corte, não foi aceita pela maioria e acabou gerando muitos fariseus legalistas e mentirosos entre seus membros.
Em uma coisa acredito que todos concordam, no “carro chamado intimidade” no namoro não existe marcha ré.
A pergunta é: o que se deve ensinar para esta geração chegar ao casamento sem transar?
A maioria prefere ignorar o problema e continuar falando genericamente do assunto, outra parte quer ensinar baseado em um pecado: o medo.
Colocam medo nos adolescentes, além de mandarem para o inferno os que caíram.
Todas essas consequências eu acho que são reais e devem ser expostas, mas não dessa forma.
João falou em sua carta que “no amor não existe o medo, antes o perfeito amor lança fora o medo”.
Estamos falhando, porque a solução não é o terror e nem o medo, é o amor.
Acredito fielmente que a tarefa quase impossível de se guardar para o casamento não é conquistada por mais ou menos leis, por medo, mas sim por amor a Deus.
Se nós nos aproximarmos de Deus de tal forma e chegarmos a Ele como amigo íntimo, entenderemos o que Ele fez na cruz por nós.
Aí sim começaremos a entender que não temos que obedecer a Bíblia para não ir para o inferno ou para não receber castigo de Deus, mas sim porque amamos e somos gratos para com aquele que nos salvou.
Alguns podem até cair, pois nem sempre permanecemos focados em Deus, mas assim que o Espírito nos lembra do evangelho, voltamos a querer, acima de nossas vontades, agradá-lo em gratidão.
Acredito que uma boa conversa preventiva, uma boa educação em casa e na igreja ajudam, mas acredito fielmente que a boa conduta de alguém está baseada no amor e na gratidão de uma pessoa que foi salva por Cristo.
Por Josué Gonçalves, terapeuta familiar através de seminários, encontros e congressos realizados anualmente. Autor dos livros “12 Verdades que Todo Filho gostaria que os Pais Soubessem” e “Pastor: Sua Família e Seus Desafios”.
* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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