O homem deve ser amante de sua esposa

Uma verdade a ser destacada é que o prazer da esposa no ato sexual depende da decisão, sensibilidade e dedicação do marido.

Fonte: Guiame, Luciano SubiráAtualizado: segunda-feira, 21 de dezembro de 2015 às 19:33

Quero fazer uma distinção entre o dever do homem de amar sua mulher (o que envolve o carinho, apreço, dedicação, cuidado e valorização) e de ser amante de sua mulher (o que conota a expressão física do amor, da intimidade e vida sexual do casal). Aliás, o versículo bíblico que usamos como base deste ensino sobre os deveres tem uma aplicação dirigida à vida sexual do casal:

“O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher”. (1 Coríntios 7.3,4)

Uma verdade a ser destacada é que o prazer da esposa no ato sexual depende da decisão, sensibilidade e dedicação do marido. Diz o ditado antigo que, em matéria de prontidão sexual, o homem é como um fogão à gás (com acendedor automático e estoque ilimitado de gás) e a mulher é como um fogão à lenha. O casal australiano Alan e Bárbara Pease (autores do livro “Porque os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor” – Editora Sextante) afirmam o hipotálamo (região neurológica ligada ao apetite sexual) do homem chega, em alguns casos, a ser dez vezes mais desenvolvido que o da mulher.

Esta diferença de facilidade ou prontidão em se desfrutar a plenitude do momento de intimidade física do casal, que é o orgasmo, é um problema antigo, que começou lá no jardim do Éden:

“E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.” (Gênesis 3.16)

Depois do pecado, da queda do homem, algumas consequências vieram em juízos liberados por Deus. Entre eles, o Senhor afirma que agora a mulher teria seu sofrimento aumentado na gravidez e na hora de dar à luz seus filhos; mas o Criador também afirmou: “seu desejo será para teu marido, e ele te governará”. De que tipo de desejo você acha que Deus está falando aqui? De acordo com a Concordância de Strong, a palavra hebraica traduzida neste versículo como “desejo”, é “t ̂eshuwqah”, que significa: “desejo, anseio, avidez (de homem por mulher; de mulher por homem; de animal selvagem para devorar)”. Não estamos falando de nenhum outro tipo de desejo, senão do sexual. Mas Deus declarou à mulher: “seu desejo será para teu marido, e ele te governará”.

De que governo está sendo falado aqui? Lembre-se que esta é uma palavra de maldição, de juízo, onde as coisas ficaram piores do que deveriam; e não podemos ignorar o fato de que o Senhor já havia criado o homem primeiro para governar e ser o cabeça do lar. Logo, esta expressão “ele te governará” (gosto da versão que diz “dominará”) não se refere ao governo do lar, mas significa que o desejo da mulher dependeria do homem para ser ou não satisfeito.

Penso que foi neste momento que esta diferença de apetite (e prontidão) sexual ficou estabelecida. Deus estava dizendo à mulher que, na questão do seu desejo sexual, a decisão dela desfrutar isto ou não dependeria da escolha, da decisão do seu marido. Ao longo da existência humana, muitos maridos (senão à maioria) negaram – às vezes até por ignorância – o prazer às suas esposas.

Os maridos devem saber trabalhar esta questão. Muitas vezes não semeiam nada durante todo o dia e depois querem a colheita antes de irem dormir. Aprendi quando ainda recém-casado que o casamento é algo parecido com um banco; para “sacar” você primeiro tem que “depositar”. Paparicar sua esposa com elogios, atenção, palavras carinhosas, gentilezas (que é a forma das mulheres de receberem amor) poderá ajudá-lo muito a conquistar a inspiração de sua esposa para um excelente momento de sexo (que é a forma do homem de receber amor). Lembre-se que antes do clímax, vem o clima!

*Este texto é parte integrante do artigo "Os Deveres dos Maridos" (continuação da Parte I e Parte II)

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