Às vezes penso que somos um povo dissimulado e covarde. Às vezes tenho certeza! O brasileiro foge do confronto. Está na cara que o brasileiro é um molóide! Nos idos dos anos oitenta, em uma viagem a trabalho do Rio a Salvador ouvi de um alemão, diretor da multinacional em que eu trabalhava, que o Brasil, apesar da riqueza disponível, jamais seria uma super potência. Ofendido, quis logo saber porque desconsiderava daquele modo um país continental. Ele, com a fria objetividade alemã respondeu: Porque vocês não são de briga! São muito mansos! Eu que já lia nas entrelinhas fiquei indignado. O que ele estava dizendo na verdade, de modo semi-cifrado, é que éramos um bando de borrabotas! Fiquei, por muito tempo, brigado com o alemão. Levaria muitos anos para compreender e aceitar aquela verdade amarga.
Os fatos que se desenrolaram diante dos meus olhos atônitos nos 30 anos que se seguiram provaram que a tese do alemão estava embaraçosamente correta. Nós somos mesmo um povo sem disposição para o combate, por mais que a letra do hino nacional diga que um filho do Brasil não foge à luta. Foge, e foge mesmo! Estamos em guerra. Nossa guerra é diferente. Dá-se de um modo manhoso, preguiçoso, medroso… não temos disposição suficiente para irmos até às últimas consequências… na verdade temos medo das últimas consequências, por essa razão um punhado de homens maus exerce o domínio sobre outros tantos milhões de homens que seriam até bons se não fossem tão medrosos e omissos! Veja-se, por exemplo, o caso do tráfico no Rio de Janeiro. O Estado se comporta de modo covarde no confronto com o crime ao permitir que grandes setores da cidade maravilhosa sejam governados pela bandidagem. Os meliantes estabelecem um estado dentro do Estado, legislam e controlam a vida de milhões, e mesmo quando presos, continuam coordenando operações milionárias de dentro dos presídios federais. Que droga de país é este?
É um país de homens pacíficos ou um país de homens patetas? Lutamos por um dia, dois, mas logo queremos pausa para o futebol, o churrasco… saímos às ruas de vez em quando declarando-nos enfurecidos, mas ninguém quer sujar as roupinhas no protesto! As hienas no poder, que compreendem bem a psicologia das massas e o comportamento do gado, fazem pequenos recuos e pequenas concessões e logo a brasileirada frouxa se aquieta novamente. Enquanto isso os barões do tráfico das drogas nos morros do Rio e os barões do tráfico de influência, entre outras coisas, nos palácios de Brasília, seguem engendrando seus esquemas. Business as usual.
Como toleramos tanto desmando? Não bastasse a crise política e a corrupção endêmica que já se desenrolam há anos minando as forças da nação, não bastasse o desmanche da economia e o subsequente empobrecimento da população, não bastasse a violência urbana que revela a ineficiência do Estado em proporcionar segurança aos seus cidadãos, não bastasse o sistema de ensino, um dos piores do mundo, não bastasse a saúde precária… Não bastasse as falanges da esquerda, da direita, do centro, das empreiteiras, do Supremo, do Congresso, dos doleiros, dos marqueteiros, agora temos mais uma falange querendo se impor sobre essa terra que parece de ninguém!
Quando se pensava que não havia mais o que piorar, uma investida nada sutil, pelo contrário, ruidosa e ostensiva, vem forçando a barra tentando marcar posição e ganhar espaço, aproveitando-se do caos em que o país se encontra. Agora a comunidade LGBT também reivindica um naco do Brasil, afinal isto aqui está uma verdadeira casa da mãe joana! O deputado federal Jean Wyllys e a deputada federal Erika Kokay, maiores representantes da liga gay, resolveram começar pelas crianças. Querem desconstruir a família como a conhecemos, desautorizar a autoridade dos país sobre a educação de seus filhos e legislar acerca de como as crianças devem ser orientadas em sua sexualidade… É difícil acreditar na ousadia dessa gente, tamanho o acinte! Investindo contra tudo e contra todos, erguem o punho e a voz e exigem que as leis sejam mudadas para acolher a nojenta noção que nutrem de mundo moderno. Desnecessário dizer, uma agressão contra a família, um atentado contra infância. A agenda LGBT intenta corromper a sociedade em suas bases para assim molda-la segundo o padrão da anomalia, da aberração aventada como ideologia de gênero.
Tentaram sorrateiramente implantar nas escolas o famigerado kit gay, estratégia dos infernos, que graças a Deus foi combatida e não vingou. Voltaram a atacar, visando novamente as crianças, afinal é na primeira infância que tudo se define. Quem apoderar-se das crianças governa a nação. Como diz o ditado certeiro: A mão que balança o berço governa o mundo! Aproveitando-se da liberdade de expressão garantida pela constituição, recorreram às vias da arte e através da arte, buscam agora propalar sua ideologia doente. A ideologia doente, entretanto, tem costas quentes e suporte poderoso de grandes corporações. É sabido de todos que a Rede Globo com suas novelas promove o homossexualismo. Entra na casa da família brasileira e faz apologia aberta da agenda LGBT. A Disney, através do Disney Channel, ataca pesado ao apresentar o primeiro romance gay em série infanto juvenil!
Surpreendeu a todos como fato novo, o sabão em pó mais vendido do Brasil, da marca Unilever, fazendo campanha comercial em defesa da odiosa ideologia! Comunicado urgente para pais e mães… assim começa o comercial conclamando os pais a aderirem ao projeto proposto pelos ideólogos desta aberração. Não é necessário dizer que este sabão ou qualquer dos outros produtos da marca Unilever a partir desta data não entram mais nada lá em casa! A Avon incita os pais a deixarem os meninos brincarem com boneca e se vestirem de princesa… Junta-se à Globo, Disney, Unilever, a Avon, também o Boticário, revista Veja e outros. Pois bem, não podemos em uma democracia impedir a expressão de opinião de indivíduos e empresas. O que podemos e devemos fazer, no caso das grandes corporações e, simplesmente deixar de consumir seus serviços e produtos. É o mínimo que se espera! Se não conseguirmos fazer pelo menos isto, então somos mesmo um bando de palermas!
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