Paz!
Assisti na última terça-feira (2) com bastante interesse o “Profissão Repórter”, programa do jornalista Caco Barcellos, na Rede Globo. O tema era sobre o desdobramento de uma matéria que eles realizaram há um ano, com adolescentes do Rio de Janeiro internados por suas famílias contra a vontade própria. É a chamada internação involuntária.
Na reportagem de 2011 eles acompanharam o caso do garoto Jonathan, de 15 anos, que chegou à clínica com uma forte crise de abstinência. A abstinência é o mal estar físico e psicológico provocado pela falta do álcool ou da droga no organismo do usuário. É a crise de abstinência que muitas vezes leva o dependente químico a agredir, roubar e muitas vezes matar para conseguir o dinheiro ou a droga em si. A sensação de incômodo da abstinência beira o insuportável!
Muitos são contra a internação involuntária ou compulsória, pois acreditam que o desejo de tratamento tem que partir do próprio usuário. Alguns dados estatísticos mostram que a maior parte dos adictos internados dessa forma ou fogem das clínicas ou recaem no vício quando saem do tratamento. Apesar disso tenho opinião favorável a esse tipo de internação.
O adicto em álcool e drogas chega, muitas vezes, num estado de completo domínio pela substância. Suas vidas passam a ser apenas consumir e arrumar dinheiro para consumir. Itens básicos como alimentação e higiene são deixados de lado, principalmente pelos usuários de crack, merla, oxi e bebidas alcoólicas. A pessoa pensa apenas em viver para a droga!
Se um epilético estiver em crise na rua ou alguém ao seu lado sofrer uma parada cardíaca você vai perguntar se ele quer ajuda e esperar pela resposta? Claro que não! Ambos estão incapacitados de responder por si mesmos. Eles apenas precisam de ajuda, e rápido!
O mesmo se aplica a adictos em fase aguda, onde não respondem mais por si mesmos, são escravos de substâncias químicas que os tornaram doentes, incapazes. Obviamente, quando falamos de internação involuntária pressupõe-se que uma equipe médica e psicológica irá dar o respaldo para essa ação, classificando o estado em que a pessoa se encontra e se a internação é mesmo a última saída.
Já cansamos de ver nos telejornais mães desesperadas que acorrentaram seus filhos para que não saíssem de casa, por causa da desgraça que a droga estava causando no lar e na vida do usuário. São situações extremas que requerem medidas extremas.
Indico para as famílias que estiverem passando por esse drama, procurarem o Amor Exigente. É um grupo de apoio voltado para as pessoas que convivem com o adicto (pais, irmãos, namorado(a), marido, esposa, etc.) Segue o link do site para saber onde encontrar esses grupos www.amorexigente.org.br
Deus nos abençoe
por Marcelo Palma
facebook.com/MarceloPalmaPersonalCoach
www.marcelopalma.com.br
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