Achei que: agora a casa cai!

Nesta semana que passou, viajei com minha família para Gramado. A ida foi bem tranquila, gostosa, um voo muito bom. Agora, sobre a volta, já não posso dizer o mesmo. Estava chovendo e muito nublado nesse dia, mas o tempo, de acordo com as companhias de aviação, ainda assim, era propício para voar. Então subimos todos no avião. Por algum tempo sentimos leves tremidas, mas tudo corria bem. Um tempo depois a turbulência começou. O piloto comunicou que a situação duraria mais um tempo e que faríamos desvios para que não fosse ainda pior. A turbulência foi aumentando e o avião alternou pequenas e grandes chacoalhadas. A situação se manteve por alguns minutos, que pareceram uma eternidade dentro daquele avião. Todos estavam com o pânico estampado na face, agarrados fortemente nas suas respectivas cadeiras, eu não estava diferente. Então quando íamos pousar, o piloto foi comunicado que havia muito vento sobre a pista, logo precisamos arremeter, ou seja, subir novamente.

Depois de algumas voltas no ar e mais chacoalhadas, o avião pousou com sucesso no aeroporto. Todos dentro do avião começaram a bater palmas e gritar de felicidade, e penso que de alívio também.

Lá em cima eu só conseguia orar, pedindo que pousássemos com segurança; embaixo só consegui agradecer por termos pousado em segurança. Passar por turbulências em aviões é uma experiência que não desejo a ninguém. Mas passar por turbulências na vida é uma coisa que não temos muita escolha. Todos passamos.

O grande conforto mora no fato de que temos onde nos agarrar, e não é um assento de avião que pode cair junto com a gente, nós podemos nos agarrar nos braços do Pai. Ele nos guia e nos protege e assim passamos por qualquer que seja turbulência.

Mariana Longo Mendes   tem 17 anos, é estudante, trabalha com seus pais na área de Propaganda e Marketing e também escreve poesias.