Uma das coisas que eu mais amo na maternidade é o fato de poder voltar a brincar. Meu filho mais velho, Pietro, está com 2 anos e meio. Já conseguimos brincar de pega-pega, cabaninha, carrinho, massinha, conseguimos desenhar, inventar histórias, ler livros e inventar um monte de palhaçada. E eu amo cada um desses momentos de diversão. Não sei dizer quem ama mais a brincadeira da massinha, por exemplo, ele ou eu mesma.
A infância – a boa infância – é leve. Ela é doce. É carregada de imaginação, de construção e das melhores memórias afetivas que teremos durante a vida. Eu tive o privilégio de viver uma boa infância e fico feliz porque, até aqui, meus filhos têm tido a mesma experiência. Isso não quer dizer uma vida livre de problemas, perfeita ou sem desafios. Quer dizer apenas que Deus nos preenche de paz e alegria em meio ao dia calmo ou tempestuoso.
Mas vamos voltar à brincadeira. Ser criança é brincar. Isso é – ou deveria ser – o que uma criança mais faz da vida. Brincadeiras são regadas de sorrisos e de momentos divertidos. E sabe o que eu acho incrível? Para uma criança, qualquer tarefa pode se tornar um momento lúdico. Meu filho acredita que passar pano no chão comigo é uma das brincadeiras mais legais do mundo. Ele ama também quando tiramos roupa da máquina ou quando lavamos o quintal.
Deus, através dos meus pequenos, têm me ensinado que muito do peso da vida é colocado pelo meu olhar. Sou eu quem tenho conferido carga a algumas atividades que poderiam ser simplesmente cheias de risadas.
Hoje mesmo, eu tirava roupas do varal e meu pequeno decidiu que isso era incrível demais, então, veio me auxiliar. Com seu jeitinho ainda todo desajeitado, ele puxava os prendedores e algumas roupas caíam no chão. O Pietro caía na gargalhada e gritava: “eita, caiuuuuu”. Em seguida, pegava a roupa do chão e me entregava para dobrar.
Recolher roupa é definido como: chato; ou no mínimo: automático. Contudo, hoje, foi leve, foi divertido. Minha vida acontecia enquanto roupas eram recolhidas. Eu ria, eu brincava, eu via meu filho sendo meu filho com seu jeitinho esperto e engraçado.
Ser criança é enxergar a vida de um modo único. É perceber, mesmo na repetição dos dias, a beleza que existe no viver. E eu espero que a gente se esforce diariamente para ser dessa maneira. Que a gente consiga se encantar mais com a rotina e achar oportunidades para gargalhar mesmo quando estivermos dobrando uma simples meia.
Mari Mendes (@marimendesautora) é casada com Leandro, mãe do Pietro e do Luca, escritora de ficção cristã e de bilhetinhos pela casa, tem 3 livros lançados. Filha do Pai e filha de pastor. Apaixonada por livros, por culinária e por observar os detalhes da vida, a fim de enxergar a rotina com novos olhares.
* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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