Amo ver filmes. Esses dias, assistindo um filme de mistério, um filme não cristão, me deparei com uma frase profunda e que deveria nos levar a pensar: “É perigoso confundir falar sem pensar com falar a verdade.”
Em um mundo onde todos querem dizer o que der vontade, onde todos são cheios de opiniões, onde todos tem uma verdade para chamar de sua, onde ninguém leva desaforo para casa e ‘fala na cara mesmo’, essa linha de raciocínio é um gol contra.
Provérbios, conhecido como o livro da sabedoria, traz o seguinte ensinamento no capítulo 18, verso 21: “A língua tem poder para trazer morte ou vida; quem gosta de falar arcará com as consequências.” Em Mateus 5:21-22, Jesus diz: “Vocês ouviram o que foi dito a seus antepassados: ‘Não mate. Se cometer homicídio, estará sujeito a julgamento’. Eu, porém, lhes digo que basta irar-se contra alguém para estar sujeito a julgamento. Quem xingar alguém de estúpido, corre o risco de ser levado ao tribunal. Quem chamar alguém de louco, corre o risco de ir para o inferno de fogo.”
Salomão, em provérbios, já adverte que a língua tem poder para trazer vida ou morte, o que escolhemos falar, como escolhemos falar pode por alguém para cima ou acabar com aquela pessoa. Sim, uma simples palavra tem esse poder. Jesus, em Mateus, nos relembra desse ensinamento – afinal, a Bíblia nunca se contradiz, toda ela é a Palavra Viva de Deus – uma simples palavra pode te fazer violar o 6º mandamento. Claro, Jesus não está limitando às duas opções: “estúpido e louco, o resto vocês usem livremente”. Inclusive, a palavra no original onde foi traduzido para estúpido é uma expressão que demonstra desprezo pela outra pessoa.
Quantas vezes falamos besteiras, magoamos alguém, começamos uma briga desnecessária, estendemos uma discussão, e não porquê estávamos falando a verdade, mas simplesmente por falar sem pensar. A verdade é importante? Claro que sim! Ela deve ser dita? Com certeza! Mas existe o falar a verdade e existe o ser mal-educado, grosseiro, indelicado. Existe o falar a verdade e existe o ferir alguém com suas palavras, matar aos poucos aquele ser humano criado pelo mesmo Deus Poderoso que te criou.
Acontece que muitas vezes a verdade vai machucar? Sim, isso vai acontecer. Por isso que talvez devêssemos nos fazer duas perguntas antes de sairmos dizendo qualquer coisa por aí. Em primeiro lugar: o que eu quero dizer precisa ser dito, é uma simples indelicadeza da minha parte ou uma real verdade que precisa ser colocada à luz da situação? E em segundo: como eu posso dizer esta verdade, de que maneira posso apresentá-la? Porque verdades duras apresentadas com amor não matam, podem doer, podem ser difíceis de aceitar, mas são edificantes e constroem um caráter melhor.
Diga sim à verdade. Mas não confunda dizer a verdade com falar sem pensar. Ore, pense, pondere sobre como suas palavras têm atingido às pessoas, afinal, as mesmas palavras que tem saído da sua boca para atingir a outros, uma hora podem estar indo em sua direção. Use de sabedoria, use de amor, use de relacionamento com o Pai. Ele sempre sabe a melhor forma de agir.
Mariana Mendes, casada com Leandro, autora de O Relógio de Nina. Membro da IAP do Parque. Filha do Pai e filha de pastor. Apaixonada por livros, por culinária e por observar os detalhes da vida, a fim de enxergar a rotina com novos olhares.
* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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