Vamos gritar o evangelho?

Dou aula pra uma turma de 9 a 11 anos na minha igreja, agora estamos estudando a divisão da Bíblia, como os livros são classificados. E, claro, os quatro primeiros livros do Novo Testamento são classificados como Evangelhos. Por que esse nome? Por causa das boas novas da salvação. Mas qual a atitude esperada, justamente de nós, depois que conhecemos o Evangelho e aceitamos Jesus como nosso Senhor e Salvador? Bom, é esperado que nós obedeçamos a esse mandamento: “ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura.”

É verdade que nem todos tem o dom de pregar, de sair por aí falando com a maior naturalidade, de gritar as boas novas. Na minha opinião, as pessoas tem dons diferentes e que devem ser usados da melhor forma, se encaixando no jeito de ser de cada pessoa. Somos únicos e nos expressamos de forma única.

Conversando com meus alunos, pude perceber a carinha de alguns deles como se dissessem: “Mas eu tenho tanta vergonha de chegar falando alguma coisa”. Entendo essa vergonha, eu fui uma criança muito tímida também; só pra deixar registrado, sou a favor de quando surge a oportunidade e vemos a brecha, devemos aproveitar e falar de Deus, de Jesus. No entanto, existe um jeito, que meus pais sempre me ensinaram e que penso ser uma maneira muito válida e pertinente de demonstrar que temos algo de diferente: o testemunho. Afinal, de que adianta falarmos e falarmos, e fazermos tudo ao contrário (quem nunca?). Testemunho é a prova de que você realmente vive o que acredita, respeita seus princípios, segue o caminho que acredita ser certo.

Tendo acalmado o coração e o desespero dos meus alunos, eles deram risada do absurdo que seria alguém dizer uma coisa e fazer outra. São crianças, são puras e são sinceras, e essa é a beleza que não podemos perder, e se nos afastarmos dela, precisamos buscá-la novamente, Deus nos dará, se buscarmos de coração. Entretanto, o absurdo que tornou motivo de risada para as crianças, é a rotina que vemos no nosso cotidiano; pessoas que dizem uma coisa, e daí fazem outras.

Já passei por essas fases, e talvez você esteja passando agora. Mas a boa notícia é que não é tarde demais. Um dia poderá ser, mas ainda não é tarde pra gritar o evangelho, ainda que seja na mudança de atitudes, na mostra de ações no dia-a-dia que irradiam que eu e você temos um presente especial, o presente da salvação. Não é tarde pra gritar e deixar o amor de Deus ser a primeira coisa que as pessoas veem no seu sorriso.