Apesar de pouco falado, o ativismo pedófilo é uma realidade no mundo inteiro e não é de hoje. Acontece que ele, em sua maioria, atua de forma velada, sutil, com o objetivo de não ser percebido como uma atrocidade contra crianças e adolescentes, mas sim como algo na esfera dos “direitos sexuais”, por exemplo.
Pensando nisso, resolvi destacar quatro questões que podem servir para despertar no leitor menos familiarizado com o tema, a atenção necessária para perceber como esse movimento atua sorrateiramente.
Nuances do ativismo pedófilo
1. A redução da idade de consentimento da prática sexual com menores, como propõem alguns projetos de lei dentro e fora do Brasil, pode favorecer a pedofilia?
Sim, favorece o ativismo pedófilo, porque um dos fatores característicos do abuso sexual infantil é a prevalência da capacidade de manipulação do maior sobre a imaturidade cognitiva, sexual e social da vítima.
O ponto-chave aqui está no que chamamos de “consentimento”. O abusador normalmente utiliza isso como argumento para se defender das acusações de estupro. Mas, o que é consentir? Não reclamar? Não reagir diante do ato sexual?
Uma vítima menor de idade pode ser levada a “consentir” algo, mesmo contra o seu querer, justamente devido ao poder de manipulação e intimidação do agressor. É por isso que não devemos admitir quaisquer propostas que visam reduzir a idade de consentimento sexual entre adultos e menores.
2. A sexualização precoce de crianças e adolescentes favorece o ativismo pedófilo? E, até que ponto a internet pode ter influência nisso?
Crianças aprendem por imitação e a internet é um terreno praticamente livre, digamos assim. Com isso, tudo que é veiculado sem filtro nas redes sociais induz à curiosidade do menor, que consequentemente pode, sim, ser levado à prática sexual precoce.
A sexualização precoce não só favorece, como é parte do próprio ativismo pedófilo. Sexualizar crianças é despertar nelas algo fora do campo infantil, o que facilita o abuso sexual por meio da manipulação, já que a criança não possui maturidade para discernir, de pronto, o abuso da brincadeira, por exemplo.
3. Dizer que "toda forma de amor vale a pena" se tornou um mote comum entre os ativistas sexuais. Você acredita que essa declaração pode ser usada para favorecer o ativismo pedófilo?
Sim, porque a frase por si mesma pressupõe isso, já que nela cabe tudo que alguém pode chamar de “amor”. Para o pedófilo, ele “ama” a criança, assim como um parafílico diz amar fazer sexo (estupro) com um animal. Quando tudo se torna válido em nome do “amor”, é porque já não estamos falando de amor.
4. Alguns autores dizem que a pedofilia seria um "tabu", como você enxerga isso?
O que existe de real é o fundo histórico que utilizam como argumento para isso, onde a ideia de que as práticas sexuais com menores foram relativas ao longo das gerações seria um exemplo de que tais relações poderiam ser “aceitas”.
O que essas pessoas não enxergam é que, assim como a civilização evoluiu quanto aos direitos civis, a nossa moralidade e conhecientos também evoluíram. Caso contrário, também teríamos que encarar como possibilidade “aceitável” o retorno da escravidão.
Conclusão
Como podemos observar, o ativismo pedófilo faz uso de questões subjetivas, mas presentes na sociedade, para avançar em nosso meio. Os questionamentos acima exemplificam isso, traduzindo essa realidade para o modo como é visto no cotidiano.
Espero que a partir desses exemplos, os leitores interessados em se capacitar melhor sobre o assunto, busquem informações confiáveis e detalhadas sobre ativismo sexual, a exemplo do meu livro “Famílias em Perigo” (Tenda Gospel, 2016), onde trato de questões semelhantes.
Marisa Lobo é psicóloga, especialista em Direitos Humanos, presidente do movimento Pró-Mulher e autora dos livros "Por que as pessoas Mentem?", "A Ideologia de Gênero na Educação" e "Famílias em Perigo".
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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