As pessoas pensam que isso significa ter um cheque em branco para pedir qualquer coisa e com certeza vai receber. Mas não é assim. Deus não vai contra o próprio caráter. Isto significa que nossos pedidos precisam estar de acordo com o caráter dele e com a sua vontade.
E nisto, muitos de nós pecamos. Porque temos pouca noção do seu caráter e da sua vontade.
Nós estamos tão preocupados com a religião, em fazer as coisas certinhas, em ser reconhecidos pelas nossas devoções, que esquecemos o principal da vida: conhecer a Deus de verdade.
A revelação de Deus vem antes de qualquer transformação.
Conhecer a Deus antes, para ser transformado depois. Não tem como ir pelo caminho contrário, como algumas pessoas pensam que se forem boazinhas irão se aproximar de Deus. Não é assim.
Precisamos nos achegar a Deus tal como estamos. Confiando no seu perdão e graça, que são a causa de não sermos consumidos e podermos nos apresentar diante dele. Então a sua presença e a sua pessoa se revelarão para nós, sem automatismos (não se iluda), mas dinamicamente imprevisível. E Deus, com o coração cheio de surpresas, avança no seu processo de se revelar para os seus filhos. A revelação tem o efeito inevitável de nos transformar. É graça de graça.
A revelação pessoal do caráter de Deus é capaz de colocar de cabeça para baixo as nossas petições. Vamos entender que muita coisa que nos preocupa, não preocupa a Deus. E que é desperdício de tempo se preocupar também... E ao mesmo tempo, percebemos que muitas coisas que desprezamos, como as coisas invisíveis da vida, têm um imenso valor para Ele.
A oração deve ser fruto da comunhão. E comunhão é tronco sustentado pela revelação de se “Conhecer a Deus”. É tão natural que se torna sobrenatural. Pense nisso. Não perca tempo “tentando fazer”o que devemos simplesmente “ser”.
Por Saulo Porto, teólogo e pastor, missionário da Missão Mãos Estendidas em Portugal e África, professor de Cosmovisão Bíblica na Jocum e estudante de Psicologia na Universidade do Algarve. Casado com Juliana, com quem tem duas filhas, Alice e Nadine.
* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: Obedecer é suficiente
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições