
Fundador do Ministério Davar, evangelista e expositor bíblico atuante há mais de 10 anos em temas sobre Israel e a comunidade judaica. Também tem papel estratégico na mídia evangélica, fortalecendo os valores da fé cristã.

Na Europa, templos cristãos estão virando bares, motéis e casas noturnas. Em paralelo a este cenário, a islamização da Europa avança em um quadro espantoso, diante da maior perseguição contra cristãos da história, estima-se que são 380 milhões sob perseguição em todo o globo.
No Brasil e nos Estados Unidos, as igrejas tradicionais enfrentam um acentuado declínio. É comum encontrar cultos com templos quase vazios ou com muitos assentos disponíveis, frequentados majoritariamente por cristãos mais velhos ou idosos. Os jovens, por sua vez, têm se afastado dessas congregações, preferindo cultos em igrejas com liturgias mais contemporâneas e estilos de adoração que dialogam melhor com sua realidade.
Muitas igrejas modernas, abordam uma forma coach na pregação que destaca o sucesso através do sofrimento, em um formato de Davi matou Golias, mas sem um alimento consistente bíblico.
A música nestes templos, juntamente com os componentes da liturgia, é um atrativo, no entanto, não há estudo bíblico.
Antes da queda de Judá, marcada pelas invasões babilônicas em 605, 597 e 586 a.C., o Senhor levantou Jeremias como voz solitária no deserto da apostasia. Enquanto os falsos profetas proclamavam paz, prosperidade e segurança, Jeremias, com lágrimas nos olhos e depressão, anunciava a verdade que ninguém queria ouvir: morte, epidemias e guerra estavam às portas. O povo rejeitava o alerta divino, preferindo os sussurros agradáveis da mentira à trombeta estrondosa da verdade. Assim como então, também hoje muitos se encantam com mensagens suaves, enquanto o juízo se aproxima. Quem terá ouvidos para ouvir?
Goncalı, Cidade Antiga de Laodiceia, Merkez/Pamukkale/Denizli, Turquia. (Foto: Unsplash/Furkan Elveren)
A Igreja ocidental, embora rica em recursos, vive paradoxalmente um declínio espiritual sem precedentes. Seu alicerce tem se firmado na liturgia centrada em música e entretenimento gospel, em vez de estar solidamente fundamentado nas Escrituras, na profecia e na iminência da volta do Senhor Jesus.
Não precisamos ser especialistas em religião para entender, que caminhamos a passos largos para o modelo Europeu e Americano. Primeiro vem a apostasia e esfriamento da fé, abandono da congregação e ateísmo.
O marxismo entrou nos templos, criando uma cultura progressista evangélica. Mesmo o Brasil com 47 milhões de evangélicos, vive um derretimento político, social e econômico sem precedentes. Sendo um poucos países que mais se posicionou contra Israel no mundo, apoiando Hamas e defendendo valores totalmente anticristãos em escolas, empresas e estabelecimentos públicos.
São comuns cristãos com quinze, vinte e trinta anos de conversão que são incapazes de resumir livros da bíblia como Amós, Habacuque, Malaquias, Oséias, Jeremias, Isaías e Romanos; tornando-os vulneráveis diante de um mundo que caminha para ascensão do Anticristo.
Há ainda muitos remanescentes que não se dobraram a Baal — homens e mulheres que, embora não sejam a maioria, permanecem fiéis, ilesos pelo secularismo que contamina grande parte do evangelicalismo moderno. Contudo, esses remanescentes são alvos específicos das trevas. Demônios os cercam com fúria, lançando sobre eles batalhas intensas e sofrimentos profundos. Frequentemente enfrentam ataques incomuns em suas famílias, finanças e saúde — não por falta de fé, mas por causa da responsabilidade que carregam e da luz que resistem em apagar.
Goncalı, Cidade Antiga de Laodiceia, Merkez/Pamukkale/Denizli, Turquia. (Foto: Unsplash/Furkan Elveren)
Com base nisso, vamos estudar sobre a Igreja de Laodiceia.
A Igreja de Laodiceia ficava no ocidente da Turquia, isenta de perseguições do Império Romano, prosperou, assim como os cidadãos da cidade de Laodiceia e Hierápolis.
A cidade possuía três principais fontes de riqueza: a lã preta e brilhante, valorizada na confecção de roupas e tapetes; os colírios medicinais, reconhecidos por tratar doenças oculares; e, por fim, o setor bancário, que consolidava sua influência econômica.
Laodiceia não tinha fontes próprias de água, e essa água vinha através de aquedutos de hierápolis. Quando a água chegava à Laodiceia, ela estava morna, fazendo assim com que as pessoas que bebessem dela cuspissem-na.
A Igreja era rica, mas apática, complacente, negligente; nela não havia mais a sede de Deus, a sede da palavra; tornou-se materialista.
No ano 60 D.C a região de Laodiceia teve um terremoto e a cidade foi reconstruída com os recursos dos próprios cidadãos, sem solicitar recursos financeiros do Senado Romano.
Laodiceia era morna, como a água que vinha através dos aquedutos.
Assim, Jesus — o Amém, a Testemunha Fiel e Verdadeira — rejeita a igreja morna e a vomita de Sua boca. Ainda assim, em Sua misericórdia, Ele a chama ao arrependimento. E por amor, Ele a disciplina, para que desperte, se santifique e volte ao primeiro amor.
No século 13 D.C Laodiceia foi devastada pelos Turco Otomanos, e ainda hoje a região é pobre. Mas ainda há belos SPAs naturais para contemplar a beleza da criação.
No vídeo abaixo, apresento um estudo sobre essa Igreja. Assista:
Silas Anastácio é fundador do Ministério Davar, evangelista e expositor bíblico com sólida atuação há mais de uma década em temas relacionados ao Estado de Israel e à comunidade judaica. Também desempenha papel estratégico nos bastidores da mídia evangélica, contribuindo para a articulação e divulgação de conteúdos que fortalecem os valores da fé cristã.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: Armagedom
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições