Não furtarás?!

Olhe para o mandamento antigo através da mesma lente que Deus usa. Não furtarás.

O alvo do furto pode ser material ou espiritual, mas a motivação é sempre a mesma. Queremos mais e, se possível for, mais do que necessitamos,

Algumas formas de roubo são punidas pela lei dos homens e outras não, mas nenhuma delas escapa da percepção daquele, que tudo sabe, vê e ouve.

Alguns furtos exigem investimento financeiro, planejamento, conhecimento de informática, contabilidade para o acobertar do rastro do dinheiro, manuseio de armas de fogo, artes marciais, etc. Os mais comuns, mas menos rentáveis exigem apenas alguma destreza para passar a mão e esconder objetos na mochila.

O meio religioso não ficou isento, um exemplo disso é a disputa por um horário nobre na TV. Chegou ao ponto de se transformar em leilão, com o objetivo de furtar a exposição midiatica e tirar para si, pelo menos uma casquinha da Glória, que deve ser dada somente a Deus.

A busca pela primazia abre campos de batalha em todos os setores do nosso relacionamento, onde o objetivo é surrupiar algo de alguém. Podemos roubar posições no mercado de trabalho, informações privilegiadas, influência, namorada ou esposa.

Já que um abismo leva a outro abismo, por que não furtar a glória de quem aparece mais? Isto pode incluir técnicas capazes de suplantar, denegrir, obscurecer, derrubar, transferir méritos para si e enganar.

Nada disso passa longe da percepção divina, e somente quem não ama ao próximo como a si mesmo, não teme a Deus e a si mesmo. Este tipo se sente moralmente livre para praticar estes atos.

Para a maioria das pessoas, porém, o medo da punição eterna os desvia de rotas alternativas. Muitos não roubam só porque temem serem descobertos, outros sabem como acobertar seus crimes ou justificá-los diante de um tribunal, mas ninguém sabe como se esconder de Deus.

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