Os funcionários de escolas públicas no Estado americano de Nebraska reuniram-se com os pais de alunos na última segunda-feira (5), à noite para discutir as mudanças propostas no currículo de educação sexual, que tem permanecido o mesmo há 30 anos.
Muitos pais estão se opondo às alterações propostas pelas escolas, que iriam acrescentar informações sobre o movimento LGBT, doenças sexualmente transmissíveis, abstinência e contracepção, de acordo com o Superintendente Assistente de Instrução e Avaliação de Currículos, Dr. Renae Kehrberg.
Maris Bentley, da instituição infantil 'Save Children Nebraska', disse: "Quando você olha para a história da educação sexual abrangente, esta vem em linha reta, fora de uma mentalidade de liberdade sexual".
Anúncios pagos pela organização foram exibidos em um outdoor móvel digital antes da reunião de segunda-feira.
Ela disse que, como ex-professora e conselheira da escola, no centro de Nebraska, está preocupada com a maneira como as crianças estão realmente recebendo estas informações e o que de fato está sendo ensinado.
"Não é apropriado para crianças que elas sejam realmente motivadas ideologicamente", disse ela.
Um pai disse: "Sim, precisamos dar às crianças uma educação. Mas o currículo que vocês [escolas] apresentam, os padrões que você propõem, dão às crianças informação demasiada. Isto estupra a inocência das crianças".
Outra mãe disse que proporcionar aos estudantes, estas informações é como dar-lhes acesso ao alcoolismo.
"Só porque as crianças querem beber, você lhes dá uma garrafa de bebida alcoólica para ajudar com o alcoolismo? Vocês todos precisam parar com esta agenda disfarçada", disse ela.
Em um vídeo, de acordo com Raw Story, uma mulher é vista gritando: "É minha filha! Minha filha! Quem é que vai mantê-la pura? Ninguém! Mas eu vou!".
Kehrberg disse que a abstinência sexual sempre será a espinha dorsal da educação sexual para o distrito, acrescentando que as aulas continuarão a incluir a educação sobre a proteção, assédio e abuso sexual, e cabe ao conselho, incluir no currículo, o aborto e a contracepção de emergência.
"Nem todo pai vai saber o que falar, então cabe ao distrito escolar ter certeza de que se um pai não se sente seguro o suficiente para educar seus filhos sobre sexualidade, eles podem optar por seu filho aprender sobre este assunto ou não", disse o membro do conselho, March Snow.
O Conselho de Escolas propõe a adição de temas como a identidade de gênero, sexo biológico e orientação sexual, bem como a prevenção reprodutiva tais como preservativos, controle de natalidade e aborto.
A diretoria da escola vai ter uma palavra final sobre o assunto, mas ressaltou que o novo currículo não incluirá temas como o escândalo que envolveu a rede de clínicas de aborto 'Planned Parenthood'.
Ele acrescentou que o novo currículo será publicado no site do distrito para que os pais vejam. O conselho terá uma votação final em 20 de janeiro e as mudanças serão implementadas no segundo semestre de 2016, caso aprovadas.
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