Pai de primeira viagem?

Pai de primeira viagem?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:14

O homem é de extrema importância no desenvolvimento do bebê, antes e depois do parto. O jornalista Giuliano Agmont, 34 anos, pai de João, 2, e Rafael, de 3 meses, preparou um guia para quem estreia nesse papel, que de secundário não tem nada.

Aconteceu enquanto dormíamos. A cama ficou toda molhada. Primeiro, achamos que era xixi. Até percebermos que não, era a bolsa que havia estourado! É difícil descrever o que se passa na cabeça de um homem nessa hora. Lembro-me de tentar manter a calma. Uma tranqüilidade, obviamente, apenas de fachada. Enquanto minha esposa tomava banho, tentei ligar para os mais próximos para dar a notícia. Nunca foi tão difícil digitar oito números no teclado de um telefone de forma concatenada. Resultado: das sete ou oito ligações que pretendia fazer, devo ter conseguido realizar no máximo duas.

No hospital, ao sabermos que o parto seria naquele mesmo dia, o frenesi aumentou. Mal conseguia entender o que estava escrito nos papéis que me davam para assinar. Já na sala de espera, não sabia o que fazer para conter a inquietação. Os instantes que antecedem o parto parecem intermináveis. Uma tortura para qualquer pai, principalmente os de primeira viagem. O mais engraçado é que você não percebe o nervosismo até alguém o avisar. No meu caso, o alerta veio da enfermeira, certamente acostumada com aquela cena: "Assim o senhor vai furar o chão".

Tudo isso, porém, era só o prenúncio do que estava por vir. No momento do nascimento de João, respirei fundo e apertei a mão da minha mulher com força. O choro do recém-nascido provoca uma profunda e explosiva confusão sensorial. Nem sei como as fotografias que tirei do parto saíram. A única certeza que tive era a de que dali para a frente minha vida não seria mais a mesma. Afinal, tornara-me pai.

O primeiro filho, de fato, assusta. Gera uma mistura de alegria e medo. Mas é importante que o homem deixe fluir a emoção da paternidade e saiba que existem maneiras de vivenciá-la plenamente. O primeiro passo é saber como contribuir para o desenvolvimento do bebê em cada etapa, da gravidez aos primeiros meses de vida.

Por: Giuliano Agmont

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