Um estudo encomendado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, revelou que o apoio a Israel no conflito árabe-israelense por parte da nova geração de cristãos caiu drasticamente.
A pesquisa feita com 700 jovens cristãos (entre 18 a 29 anos) dos EUA, entre março e abril deste ano, perguntou qual a posição dos participantes na disputa entre israelenses e palestinos. 33,6% responderam que apoiavam Israel, 24,3% afirmaram apoiar a Palestina e 42,2% se declarou neutro no conflito.
Os dados representam uma queda brutal no apoio a Israel desde 2018, quando 69% dos jovens evangélicos afirmaram estar do lado israelense, enquanto 5,6% disseram estar do lado dos palestinos e 25,7% não tomaram partido em nenhum dos lados.
Em entrevista ao The Times of Israel, nesta segunda-feira (24), os pesquisadores Motti Inbari e Kirill Bumin afirmaram que a mudança de posição dos jovens cristãos pode representar que Israel perderá um aliado importante nos próximos anos.
O estudo de 2021 também mostrou que 45% dos entrevistados apoiam da criação de um Estado palestino, com concessões territoriais de Israel, a fim de promover a paz. 5,1% disseram ser neutros sobre o assunto e apenas 20,5% se opõem à ideia de um Estado palestino.
Já em 2018, a posição dos jovens evangélicos sobre esta questão era mais favorável a Israel. 29% dos entrevistados disseram se opor às concessões territoriais de Israel para os palestinos e 41,5% considerava que Israel trata os palestinos de forma justa.
Segundo a análise de Inbari e Bumin, o apoio que os cristãos dão a Israel está ligado à crença de que a nação israelense tem um papel escatológico importante na Segunda Vinda de Jesus. Porém, hoje a nova geração está desconectando suas opiniões políticas sobre o conflito árabe-israelenses de suas crenças religiosas, conforme os resultados da pesquisa.
44% dos participantes disseram que suas crenças religiosas não influenciam na avaliação do conflito israelense-palestino. Mais de 38% afirmaram que suas crenças religiosas os levam a ver Israel de forma mais favorável, e 17,4% disseram que suas crenças religiosas os levam a apoiar mais os palestinos.
Sobre a questão de Jerusalém, 71,6% disseram que a cidade em sua totalidade deveria permanecer como a capital de Israel e 28,4% disseram que Jerusalém Oriental deveria ser a capital de um futuro Estado palestino.
Cerca da metade dos participantes admitiram ter um conhecimento limitado ou nenhum conhecimento a respeito do conflito entre Israel e Palestina. 65% dos jovens entrevistados disseram que raramente ou nunca ouvem sobre a importância de apoiar o Estado judeu, contra apenas 12% dizendo que ouvem sobre o assunto todas as semanas.
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