Arqueólogos israelenses descobriram um recibo de 2.000 anos em Jerusalém, datado da época do Segundo Templo. O anúncio da descoberta foi feito pela Autoridade de Antiguidades de Israel.
O registro financeiro é um fragmento de pedra com uma inscrição em sete linhas, contendo letras e números hebraicos, parcialmente preservada.
Em uma dessas linhas está escrito o nome Shimon. Outras linhas incluem uma série de números nas letras hebraicas mem (abreviação de ma'ot , que significa dinheiro) e resh (abreviação de reva'im, que significa moedas).
Vida comercial nos tempos bíblicos
O artefato histórico foi achado na Estrada de Peregrinação que liga a Cidade de Davi ao Monte do Templo, e é uma amostra da movimentada vida comercial em Israel nos tempos bíblicos.
De acordo com o The Jerusalem Post, nos tempos antigos, a Estrada de Peregrinação ligava a Piscina de Siloé ao Monte do Templo.
Durante os festivais de peregrinações da Páscoa, Sucot e Shavuot, os judeus iam até a piscina se purificar e depois caminhavam pela estrada até o Segundo Templo.
Ilustração da Piscina de Siloé e da Estrada de Peregrinação, no período do Segundo Templo. (Foto: Shalom Kveller/City of David).
Segundo arqueólogos, o caminho também era uma região comercial muito movimentada, com os lados da estrada lotados de lojas e vendedores, vendendo diversos produtos, como temperos, comida e gado.
Evidências do intenso comércio na Estrada da Peregrinação foram encontradas durante escavações no local e os arqueólogos da Cidade de Davi procuraram essas lojas. Algumas delas já foram reconstruídas para os turistas verem no futuro.
“Não é uma coincidência que as muitas descobertas que estão sendo reveladas na escavação lançam luz sobre a centralidade desta estrada, mesmo durante o período do Segundo Templo", afirmou o diretor-geral da Autoridade de Antiguidades de Israel, Eli Escusido.
O ministro do Patrimônio, Amichai Eliyahu, também comentou sobre a descoberta arqueológica.
"A notável descoberta na Estrada de Peregrinação em Jerusalém revela outro aspecto da vida judaica na cidade de 2.000 anos atrás”, avaliou.
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