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Israel

Árvore extinta da época de Jesus é revivida de uma semente de 2.000 anos

A árvore cresceu a partir de sementes de 2.000 anos encontradas por arqueólogos em Israel.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: quinta-feira, 5 de agosto de 2021 às 17:34
Dra. Elaine Solowey (à esquerda) com a tamareira que germinou de uma semente do período de Jesus. (Foto: Marcos Schonholz)
Dra. Elaine Solowey (à esquerda) com a tamareira que germinou de uma semente do período de Jesus. (Foto: Marcos Schonholz)

Uma árvore extinta, cujos ancestrais estavam vivos no tempo de Jesus, está viva e prosperando. Cientistas conseguiram fazer a árvore crescer a partir de sementes de 2.000 anos encontradas por arqueólogos israelenses em Masada, uma antiga fortificação localizada no sul de Israel. 

Apelidada de “Matusalém” em homenagem ao avô de Noé, considerado o homem mais velho da Bíblia, a tamareira da Judeia brotou em 2005. Seu fruto, a tâmara, era uma característica de Israel e um produto conhecido no mundo antigo por seu sabor e propriedades medicinais.

Depois que o Império Romano conquistou a Judeia em 68 a.C., os romanos não tinham nenhum elogio sobre os judeus, exceto suas boas tâmaras. Os romanos chegaram até a colocar a tamareira da Judeia em suas moedas. 

No entanto, as mudanças no clima prejudicaram o plantio das árvores. Pesquisas indicam que, após o ano 1000 d.C, o crescimento das árvores foi prejudicado pelo clima mais frio e úmido da região, além de obter menos água das nascentes. Outros culpam a intervenção humana durante as Cruzadas. 

As tamareiras se tornaram tão raras que cientistas e pesquisadores dos anos 1500 acreditavam que a região não poderia ter a mesma abundância de tâmaras dos tempos antigos.

Segundo a revista Smithsonian, a variedade de tamareiras de Matusalém chegou a ser eliminada por volta de 500 d.C.

A iniciativa de germinar a antiga semente da qual veio a árvore de Matusalém veio da Dra. Elaine Solowey, botânica do Instituto Arava de Estudos Ambientais do Kibutz Ketura, em Israel.


Tâmaras da tamareira Ana. (Foto: Debbie Eisner)

Levou tempo para obter as sementes dos arqueólogos, explica Solowey. Quanto ela explicou seu projeto, teve uma resposta inesperada: “Eles disseram: ‘Você está louca?’”, contou à BBC News.

Os cientistas não só conseguiram reviver as espécies extintas de árvores para cultivar Matusalém, mas também tiveram sucesso em cultivar mais seis árvores, incluindo duas árvores fêmeas, que chamaram de Ana e Jonas. 

Com a polinização cruzada das espécies assegurada, a variedade de tâmaras Matusalém renasce mais uma vez. “Gostaríamos de ter plantações de tâmaras da Judeia. Gostaríamos de trazê-las de volta ao cultivo e distribuí-las ao mundo”, disse Solowey à BBC. 

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