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Israel

Bandeira do Hamas é erguida no Monte do Templo no fim do Ramadã

O local sagrado em Jerusalém tem sido palco de diversos conflitos.

Fonte: Guiame, com informações do Jerusalem PostAtualizado: segunda-feira, 2 de maio de 2022 às 15:29
Banner do Hamas foi erguido no Monte do Templo. (Foto: Reprodução/Twitter/Al-Qastal)
Banner do Hamas foi erguido no Monte do Templo. (Foto: Reprodução/Twitter/Al-Qastal)

Uma faixa do grupo terrorista Hamas foi erguida na manhã desta segunda-feira (2) no Monte do Templo, com uma saudação ao Eid al-Fitr, uma celebração muçulmana que marca o fim do jejum do Ramadã.

De acordo com o Jerusalem Post,mais de 200.000 árabes visitaram o local para celebrar o fim do mês de jejum do Ramadã. Quando a faixa foi pendurada perto da Cúpula da Rocha, o público presente aplaudiu. 

A bandeira teria ficado exposta por pelo menos 20 minutos, segundo uma transmissão ao vivo do Monte do Templo. A polícia de Israel afirmou que atuou rapidamente para removê-la e prendeu um dos suspeitos de pendurar a faixa do Hamas.

Muçulmanos que visitaram o local também levantaram bandeiras da Autoridade Palestina e do Hamas enquanto cantavam vários slogans. Um deles dizia "Khaybar, Khaybar ya yahud", (“Khaybar, Khaybar, ó judeus”). O canto é frequentemente usado para incitar a violência contra os judeus.

Khaybar foi uma batalha travada em 628 d.C. entre os primeiros muçulmanos liderados por Maomé e os judeus que viviam em Khaybar, um oásis localizado a 150 km de Medina, atual Arábia Saudita.

A Polícia de Israel também prendeu um suspeito que ateou fogo a uma bandeira israelense no Monte do Templo no fim de semana. “Levamos a sério qualquer violação dos símbolos do governo e da bandeira do Estado de Israel ou o apoio e incentivo a organizações terroristas”, disse a polícia. 

Tensões no Monte do Templo

As tensões em torno do Monte do Templo e da Mesquita de al-Aqsa aumentaram nas últimas semanas, em meio a confrontos entre forças de segurança israelenses e manifestantes árabes.

No sábado (30), o líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, alertou Israel a não "atacar" a Mesquita de al-Aqsa, caso contrário, poderiam disparar uma barragem de 1.111 foguetes contra Israel.

“Nosso povo e nossa nação devem se preparar para uma grande batalha se a ocupação [Israel] não parar de atacar a mesquita de al-Aqsa", disse Sinwar. "Prejudicar a al-Aqsa e Jerusalém significa uma guerra regional, e não hesitaremos em tomar qualquer decisão com as nossas santidades”.

O líder do Hamas também falou às facções palestinas em Gaza, dizendo que “a batalha não terminou com o fim do Ramadã, mas começará com seu fim”.

Sinwar afirmou ainda que os israelenses planejam "invadir" a Mesquita de al-Aqsa no Dia da Independência de Israel ou no Dia de Jerusalém. Autoridades palestinas costumam se referir às visitas judaicas a locais sagrados judaicos como “invasão”, explica o Jerusalem Post.

Os judeus que visitam o local não entram na mesquita, mas caminham por um trajeto estabelecido ao redor do Monte do Templo, bem como os turistas. 

A sede das Organizações do Monte do Templo lançou uma campanha recentemente exigindo que o governo reabrisse o monte para visitantes judeus no Dia da Independência de Israel, que será em 5 de maio.

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