Durante uma audiência na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, a delegação brasileira denunciou a ocupação dos territórios palestinos por Israel, dizendo ser “ilegal e inaceitável”.
A crítica aconteceu no âmbito de um processo anterior à guerra em Gaza, que analisa o conflito israelense-palestino, em especial a expansão de assentamentos judeus na Cisjordânia, conforme notícias do jornal O Globo.
A CIJ representa a autoridade máxima judicial da ONU (Organização das Nações Unidas) e convocou, na terça-feira (20), vários países para opinarem sobre a ocupação israelense em territórios palestinos.
Essa política foi impulsionada pelo governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ainda segundo O Globo, essa ação é diferente do ‘processo de genocídio’ movido pela África do Sul no mesmo tribunal sobre o que tem acontecido em Gaza.
‘Brasil defende a solução de dois Estados’
“O Brasil espera que o tribunal reafirme que a ocupação israelense dos territórios palestinos é ilegal e viola obrigações internacionais por meio de uma série de ações e omissões de Israel”, disse a chefe da divisão da ONU no Itamaraty, Maria Clara Paula de Tusco, ao apontar para uma suposta “discriminação contra a população palestina”.
Depois disso, a diplomata finalizou sua declaração reafirmando que o Brasil defende a solução de dois Estados para o fim da guerra, dizendo que o Estado palestino deve ser “independente, soberano e economicamente viável”.
Além disso, Tusco disse que o território deve “coexistir com Israel em paz e segurança, dentro das fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, incluindo Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental como sua capital”.
‘Lula não representa a opinião do povo brasileiro’
O posicionamento do Brasil contra Israel na audiência na Corte Internacional de Justiça da ONU aconteceu após a fala de Lula que comparou as ações de Israel ao Holocausto.
“Nunca na história das nações democráticas vimos um presidente ou primeiro-ministro declarar tal absurdo, ao comparar o massacre cruel de mais de 6 milhões de judeus inocentes com qualquer guerra no mundo”, diz a nota de repúdio assinada por pastores brasileiros.
Eles alertam que não se pode desprezar que Israel é uma nação soberana, que tem direito à autodefesa, segundo as leis internacionais, por ter sido atacada em seu território pelo grupo terrorista Hamas.
Além disso, os pastores escreveram que a opinião de Lula não representa a opinião da maioria do povo brasileiro.
‘Bênção ou maldição’
O pastor da Yah Church em SP, Lamartine Posella, lembrou de uma promessa de Deus sobre Israel, descrita em Gênesis 12.3: “Nós precisamos orar, porque há uma promessa de Deus, que diz ‘abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem’, e nós temos que orar e pedir a Deus perdão por essa declaração do nosso mandatário maior”.
Para o pastor o discurso de Lula foi “desastroso”. Além disso, vários outros líderes cristãos do Brasil destacaram que há uma repercussão espiritual a partir das palavras proferidas.
Para o pastor Joel Engel, “se isso não for reparado, iremos sofrer como nação”. Ele finalizou dizendo que o povo brasileiro não se sente representado pelo atual governo, que classificou como “anticristão” e “anti-Israel”. Engel afirmou que o presidente do Brasil precisa se arrepender e pedir perdão não só a Israel, mas a Deus.
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