A Confederação Israelita do Brasil (Conib) decidiu denunciar o ex-governador Ciro Gomes à Justiça por antissemitismo. O motivo central do processo seria uma declaração do pedetista ao HuffPost Brasil no qual acusou a comunidade judaica do Brasil de corrupção.
"Agora Bolsonaro diz aos grupos de interesse o que eles querem ouvir. Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto", disse Ciro na ocasião.
A Confederação Israelita considerou que Ciro "ataca de forma generalizada" os membros da comunidade judaica no Brasil, quando os chama de corruptos, sem especificidade e associa a prática ilegal diretamente à comunidade.
"Não vemos Ciro ligar outras minorias ou grupos à corrupção no Brasil. Se pretende ser visto como um político despido de ódios e preconceitos, cabe ao ex-governador se retratar das infelizes declarações contra os judeus brasileiros", afirmou a CONIB em nota oficial.
A Confederação também destacou que já havia condenado afirmações anteriores de Ciro, que afirmou que Bolsonaro havia sido financiado pelo 'sionismo radical'.
A Conib assegurou que seus advogados já foram acionados iniciar o processo legal contra Ciro.
Confira abaixo a nota da Confederação na íntegra:
“A Conib (Confederação Israelita do Brasil) decidiu tomar medidas legais contra o ex-governador Ciro Gomes por antissemitismo. Em entrevista ao site HuffPostBrasil, Ciro afirmou: ‘Agora Bolsonaro diz aos grupos de interesse o que eles querem ouvir. Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto.
A Conib, que já havia condenado declaração de Ciro Gomes de que Bolsonaro foi financiado pelo ‘sionismo radical’, acionou advogados para iniciarem processo legal contra o ex-governador.
Mais uma vez, Ciro Gomes nos ataca de forma generalizada, agora chamando membros da comunidade de ‘corruptos’. Não vemos Ciro ligar outras minorias ou grupos à corrupção no Brasil. Se pretende ser visto como um político despido de ódios e preconceitos, cabe ao ex-governador se retratar das infelizes declarações contra os judeus brasileiros.”
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