Todd Hampson, escritor e estudioso de profecias, acompanha atentamente os desdobramentos no Oriente Médio, atento à visão de que o ataque preventivo de Israel ao Irã possa carregar um possível significado profético.
“Não fiquei surpreso com o que aconteceu, mas... não sabia se aconteceria hoje ou daqui a duas semanas”, disse Hampson à CBN News.
“Fiquei impressionado com a forma como eles se dedicaram totalmente e... dá para perceber... esta é a única chance deles de erradicar o programa nuclear e estão fazendo tudo o que podem para isso.”
O apresentador do Prophecy Pros Podcast afirmou que estudiosos das profecias bíblicas reconhecem que esses eventos podem ter "enormes implicações".
Ele destacou que o Irã tem sido explícito em seu desejo de eliminar Israel, enquanto o governo israelense demonstra firmeza em utilizar a operação Rising Lion para conter o avanço do programa nuclear da República Islâmica.
‘É tudo espiritual’
Quando questionado sobre a origem do ódio do Irã por Israel, Hampson afirmou que acredita que “é tudo espiritual”.
“Tudo tem uma raiz demoníaca”, declarou, mencionando ainda que as Escrituras profetizam o retorno de Israel à sua terra – algo que, segundo ele e diversos estudiosos de profecias, teria se cumprido em 1948, com o restabelecimento do Estado de Israel.
Hampson disse ainda: “Acredito que seja liderado por demônios. De uma perspectiva humana, é uma questão ideológica. Eles são [adeptos] radicais islâmicos. Eles têm um relógio em contagem regressiva para a destruição de Israel – e isso fica na capital deles. Quer dizer, quem faz isso?”
O autor destacou que, sempre que algum grupo manifesta a intenção de "destruir todo o povo judeu", os israelenses consideram essa ameaça com seriedade – uma postura adquirida pelo Holocausto e por outros episódios ao longo da história.
Ezequiel 38 e 39
Em termos proféticos, é inegável que muitos têm recorrido a Ezequiel 38 e 39, refletindo se os acontecimentos descritos ali poderiam, de alguma forma, se relacionar com os eventos atuais no Oriente Médio – especialmente as passagens que mencionam uma possível invasão liderada pelo Irã.
“Mas [a profecia] diz especificamente, creio que três vezes, que será nos últimos dias”, disse ele. “Também diz que será numa época em que Israel estará vivendo em paz e habitando em segurança.”
“Isso mostra esses países específicos que iriam se unir, e esses países nunca se uniram em toda a história para enfrentar Israel, e quando você olha para os nomes antigos desses países e seus equivalentes modernos... os três grandes nomes são Turquia, Irã e Rússia, que liderarão uma coalizão de algumas outras nações”, continua Hampson.
Embora ainda não seja possível afirmar com certeza se a batalha atual se conecta diretamente ao caos profetizado, Hampson diz que os acontecimentos das últimas décadas podem estar preparando o caminho para um eventual cumprimento das profecias bíblicas no futuro.
“Não estamos vendo uma profecia cumprida, mas estamos vendo o cenário sendo claramente preparado para esta profecia do fim dos tempos”, disse ele.
Eventos futuros
Por fim, Hampson reconheceu que existem diferentes interpretações e debates em torno dos cronogramas proféticos e dos eventos futuros. Ele compartilhou algumas teorias sobre o que pode ocorrer e destacou a relevância dessas questões para os dias atuais.
Hampson, no entanto, acredita que uma parte da profecia já cumprida pode ser vista em Ezequiel 37: a criação do Israel moderno.
“Não apenas Ezequiel, mas Daniel disse que, pelo menos na metade do futuro período de tribulação, deveria haver uma nação de Israel com pessoas na terra controlando Jerusalém e o Monte do Templo”, disse Hampson.
“O próprio Jesus afirmou isso. Portanto, acreditem na palavra de Jesus, em Mateus 24. Ele afirmou a abominação da desolação mencionada pelo profeta Daniel, o que significa que Israel precisa ser uma nação. Israel precisa estar no controle de Jerusalém e do Monte do Templo e ter um templo lá.”
Ele afirmou que o simples fato de Israel existir como nação já serve como "prova de um método de interpretação literal", acrescentando que "todos os profetas do Antigo Testamento, exceto Jonas, previram que Israel seria uma nação novamente".
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