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Israel

“É um milagre que eu esteja aqui”, diz refém que ficou 245 dias em poder do Hamas

Noa Argamani, que foi mantida 8 meses em cativeiro pelo Hamas, revelou que, antes de dormir, pensava que seria sua última noite viva.

Fonte: Guiame, com informações do g1 e NBC Atualizado: segunda-feira, 26 de agosto de 2024 às 17:28
Noa Argamani relata sobre cativeiro em Gaza. (Captura de tela/YouTube/NBC News)
Noa Argamani relata sobre cativeiro em Gaza. (Captura de tela/YouTube/NBC News)

Noa Argamani, que foi sequestrada durante a invasão do grupo terrorista Hamas a Israel em 7 de outubro, falou pela primeira vez sobre sua experiência traumática desde seu resgate.

Ela revelou seus pensamentos durante o cativeiro, compartilhando que, todas as noites, ia dormir acreditando que "seria minha última noite viva".

A jovem de 26 anos compartilhou sua experiência em cativeiro durante um encontro com a ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoko Kamikawa, na quinta-feira (22).

Noa foi uma das reféns que apareceram em vídeos divulgados pelo próprio Hamas. Ela ganhou notoriedade internacional ao ser filmada na garupa de uma motocicleta, sendo levada para Gaza.

Seu rosto se tornou um símbolo do ataque de 7 de outubro depois de ser exibido na capa do Mail on Sunday. No vídeo, ela estende a mão para seu namorado, Avinatan Or, enquanto implora aos seus captores: “Não me matem!”

Oito meses de cativeiro

Noa passou 245 dias em cativeiro antes de ser resgatada em uma operação dramática em um prédio aparentemente localizado em Nuseirat, na Faixa de Gaza, no dia 8 de junho.

“E neste momento em que ainda estou sentada com vocês, é um milagre que eu esteja aqui. É um milagre ter sobrevivido ao dia 7 de outubro, ter sobrevivido a esse bombardeio e ter sobrevivido também ao resgate”, completou.

A israelense também reforçou os apelos pela libertação de Avinatan Or e dos 115 reféns que ainda estão em poder do Hamas, afirmando: “Precisamos trazê-los de volta antes que seja tarde demais.”

Na conversa, ela relatou como “lutou até o último momento” para permanecer “lado a lado” com o amor de sua vida naquele dia.

“Ainda não consigo entender o fato de que agora estou aqui e você, meu amado, ainda está aí, vivendo todos os dias com medo sem fim”, disse ela.

Noa Argamani, de 26 anos, que ficou 8 meses sob custódia do Hamas na Faixa de Gaza. (Captura de tela/Vídeo Hamas)

Com câncer em estágio quatro, sua mãe temia não viver o suficiente para ver a filha novamente. Ela implorou ao Hamas para libertá-la e pediu aos governos israelense e americano que a trouxessem de volta para casa.

Após finalmente se reunir com Noa em junho, Liora “passou seus últimos dias ao lado de sua filha, que retornou do cativeiro, e de sua família próxima”, conforme informou o hospital onde ela estava sendo tratada, em um comunicado anunciando sua morte.

Resgate

Noa e outros três reféns foram resgatados por tropas israelenses na Faixa de Gaza em 8 de junho, durante a maior e mais bem-sucedida operação de resgate da guerra.

A jovem foi vista sendo conduzida por seus resgatadores até um carro, antes de ser retirada de Gaza em um helicóptero militar e levada em segurança para um hospital em Ramat Gan, Israel.

Três comandos da Yamam, a unidade nacional antiterrorismo de Israel que participou do resgate, relataram que a primeira coisa que Noa fez ao ser resgatada foi perguntar sobre sua mãe.

Em uma entrevista à revista israelense Walla, um dos comandos relatou: “A primeira pergunta dela foi se a mãe dela ainda estava viva. Eu respondi que sim.”

“Ela olhou para a direita e para a esquerda para nós e perguntou novamente se tínhamos certeza. Nós dissemos que sim, ‘é por isso que viemos, para trazer você de volta para sua mãe.”

Apesar do trauma indescritível de ter passado 245 dias em cativeiro e de ter perdido sua mãe para um câncer no cérebro no mês passado, Noa está usando todas as suas forças para lutar pela libertação de Avinatan e dos outros reféns.

Recentemente, ela viajou para Washington, DC, com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para pressionar os políticos a trabalharem em um acordo.

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