A Arábia Saudita anunciou que irá permitir que os voos israelenses para os Emirados Árabes Unidos cruzem seu espaço aéreo. Este é mais um sinal de que o Oriente Médio está se movendo em direção à paz com Israel.
“Esses são os benefícios de uma paz genuína”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, vinculando a decisão saudita ao acordo de paz entre Israel e os Emirados Árabes Unidos.
A Arábia Saudita ressaltou que a paz com Israel só será possível quando houver um acordo final com os palestinos para um status de dois Estados. Sua decisão também não foi específica apenas para Israel, o espaço aéreo foi aberto para todos os países com os quais não têm relações.
Ainda assim, a mudança tem implicações importantes para as viagens israelenses e dá um impulso econômico ao acordo com os Emirados Árabes Unidos. Agora os israelenses podem viajar para países como Índia e Tailândia de forma mais rápida e barata.
Isso ajuda a transformar os Emirados Árabes Unidos em um centro de viagens para os israelenses, proporcionando incentivos financeiros extras para manter o acordo de paz e melhorar o turismo em geral.
A Arábia Saudita fez seu anúncio depois de receber altos funcionários dos EUA, como o conselheiro presidencial e genro de Trump, Jared Kushner, e o conselheiro de Segurança Nacional, Robert O'Brien. Ambos viajaram ao Oriente Médio esta semana para promover o acordo Israel-Emirados Árabes Unidos e pedir a outros países árabes que se juntem a eles.
Kushner e O'Brien viajaram em um avião da El Al, companhia aérea nacional de Israel, para os Emirados Árabes Unidos. Foi o primeiro voo oficial de Israel para os Emirados Árabes Unidos e o primeiro sobre o espaço aéreo saudita.
Dos Emirados Árabes Unidos, Kushner e O'Brien foram para Bahrein, Arábia Saudita e Catar. Uma pessoa familiarizada com as discussões disse ao jornal Jerusalem Post que Kushner e sua equipe foram fundamentais no anúncio saudita de que “qualquer país” poderia voar sobre seu espaço aéreo até os Emirados Árabes Unidos.
Esforços diplomáticos
Os funcionários dos EUA deixaram o Oriente Médio na quarta-feira (2) para a Grã-Bretanha, onde planeja informar o secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Dominic Raab, sobre os esforços de paz.
O Canal 13 de Israel especulou na noite de quarta-feira que o Bahrein seria o próximo a normalizar relações com a nação judaica, com um anúncio possivelmente no início de setembro.
Mas as autoridades árabes no Bahrein, Arábia Saudita e Qatar disseram publicamente à equipe dos EUA que rejeitaram o mapa de dois Estados para resolver o conflito israelense-palestino publicado pelo governo Trump em janeiro. Em vez disso, eles disseram que apoiavam uma solução de dois Estados baseada nas linhas pré-1967, com Jerusalém Oriental como a capital do estado palestino.
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