Uma operação de inteligência entre o Mossad e as Forças de Defesa de Israel (IDF) resultou no plantio de pequenos explosivos em pagers usados pelo Hezbollah, de acordo com relatos de diversos veículos de comunicação internacionais.
O ataque aos dispositivos de comunicação no Líbano, ocorrido na terça-feira (17), deixou 12 mortos até o momento, segundo o ministro da Saúde.
De acordo com a CNN Brasil, cerca de 300 pessoas permanecem gravemente feridas. O hospital realizou 460 cirurgias, principalmente em rostos, olhos e mãos.
Mais de 170 pessoas estão em estado crítico após a explosão quase simultânea dos equipamentos usados pelo Hezbollah.
Segundo a AP, as explosões ocorreram em três localidades. Foram 1850 pessoas atingidas em Beirute, capital libanesa, 150 na cidade de Beqaa e 750 no sul do Líbano.
Considerado sem precedentes, o ataque pode agravar ainda mais as tensões no Oriente Médio, que já estavam elevadas pela guerra de Israel contra o Hamas em Gaza.
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O incidente expõe a vulnerabilidade do Hezbollah e segue uma sequência de assassinatos direcionados contra seus líderes.
Nesta quarta-feira (18), o Hezbollah prometeu retaliar contra Israel após a série de explosões de pagers que atingiram o grupo terrorista.
Detalhes da operação
O Jerusalem Post, que conta com várias fontes ocidentais, também confirmou de forma independente detalhes importantes sobre a operação.
Segundo relatos, apenas 30 a 60 gramas de material explosivo foram implantados próximos à bateria em cada pager, junto com um interruptor que poderia ser usado para detonar os explosivos.
O grupo terrorista passou a usar pagers em vez de celulares por medida de segurança na comunicação.
Segundo relatórios, Israel escondeu material explosivo dentro de um novo lote de pagers feitos em Taiwan e importados para o Líbano.
No entanto, a empresa taiwanesa Gold Apollo negou ter feito os dispositivos, alegando que a empresa húngara BAC fabricou o modelo usando a marca licenciada da Gold Apollo.
Hezbollah descobre sabotagem
Os principais veículos de mídia internacional criaram um cenário no qual Israel teve que usar os pagers com armadilhas já na terça-feira (17) ou perderia a capacidade, já que partes do Hezbollah começaram desconfiar da sabotagem.
Além disso, relatos dizem que os pagers e dispositivos de comunicação foram chamados antes da explosão por alguns segundos para aumentar a chance de que quem recebesse a chamada a atendesse e ficasse gravemente ferido.
Ainda não está claro por que o Hezbollah teria descoberto os dispositivos explosivos no mesmo dia em que o Shin Bet revelou uma tentativa do grupo terrorista de assassinar um ex-chefe da defesa israelense.
Isso ocorreu apenas um dia após o ministro da Defesa, Yoav Gallant, ter informado o enviado dos EUA, Amos Hochstein, que as soluções diplomáticas para a situação no norte de Israel – onde 60.000 israelenses foram evacuados desde outubro de 2023 – haviam se esgotado, indicando que uma grande operação militar por parte de Israel seria inevitável.
De acordo com a legislação israelense, o Jerusalem Post e outros meios de comunicação locais estão sujeitos à censura militar em relação a determinados aspectos de segurança, especialmente em conflitos sensíveis.
Essas restrições, no entanto, não se aplicam a veículos de imprensa estrangeiros, que possuem maior liberdade para relatar detalhes que, por razões de segurança, não podem ser divulgados pela mídia israelense.
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