Um grupo de rebeldes sírios prometeu marchar em Jerusalém após a queda do regime de Bashar al-Assad com a tomada de Damasco por extremistas islâmicos do Hayat Tahrir al-Sham (HTS) no domingo (8).
Um vídeo exibido pela mídia hebraica, na segunda-feira (9), mostrou rebeldes armados em uma mesquita na capital da Síria afirmando que irão marchar em Jerusalém e apoiar o povo palestino contra Israel.
“Esta é a terra do Islã, esta é Damasco, a fortaleza muçulmana. Daqui para Jerusalém. Estamos indo para Jerusalém. Paciência, povo de Gaza, paciência", prometeu um rebelde.
Enquanto outros islâmicos responderam com gritos de "Allahu akbar!" ("Deus é o maior" em árabe).
Conforme o The Times of Israel, não foi possível identificar de qual grupo terrorista os rebeldes pertencem.
Syrian rebels promise to conquer Jerusalem pic.twitter.com/6Q15YyPvDy
— mikhæl (@officialxkathir) December 9, 2024
No mesmo dia, o grupo terrorista Hamas comemorou a tomada do poder pelos rebeldes islâmicos na Síria.
"O Hamas parabeniza o povo sírio irmão por seu sucesso em alcançar suas aspirações por liberdade e justiça, e pedimos a todos os componentes do povo sírio que unam suas fileiras", afirmou.
"Estamos fortemente com o grande povo da Síria, e respeitamos a vontade, a independência e as escolhas políticas do povo da Síria".
O grupo ainda pediu que a Síria pós-Assad continue "seu papel histórico e fundamental no apoio ao povo palestino".
Ziad al-Nakhala, chefe da Jihad Islâmica Palestina, um grupo terrorista aliado do Hamas, também se manifestou e pediu o apoio da nação síria.
“A Jihad Islâmica espera que a Síria continue sendo um verdadeiro apoiador do povo palestino e de sua justa causa, como sempre foi", declarou ele.
A Síria, o Irã, o grupo terrorista libanês Hezbollah e grupos terroristas palestinos têm se unido para se opor a Israel.
Segurança de Israel em risco
A recente queda do regime de Bashar al-Assad na Síria provavelmente trará tanto desafios quanto oportunidades para Israel.
A instabilidade decorrente dessa mudança exige vigilância constante, pois o vácuo de poder que pode surgir na Síria abriria espaço para novos atores regionais, o que poderia agravar ainda mais a situação de segurança tanto para Israel quanto para o Oriente Médio como um todo.
De olho nessa possibilidade, Israel intensificou suas operações militares na Síria, incluindo a capital Damasco, realizando mais de 350 ataques aéreos em um período de dois dias, segundo a Reuters.
O objetivo desses ataques é destruir armas estratégicas e infraestrutura militar para evitar que sejam utilizadas por grupos rebeldes que derrubaram Assad, alguns dos quais têm raízes em movimentos ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico.
Israel também busca impedir o reabastecimento de milícias iranianas e do Hezbollah com armamentos avançados.
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