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Hamas obrigou refém israelense a beijar terroristas durante sua libertação

Segundo o pai de Omer Shem Tov, ele foi obrigado a encenar e beijar seus sequestradores, em uma “cerimônia de libertação” humilhante.

Fonte: Guiame, com informações de The Jerusalem Post e The Times of IsraelAtualizado: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025 às 18:55
O Hamas encenou uma cerimônia de libertação degradante. (Foto: Reprodução/YouTube/DawnNews English).
O Hamas encenou uma cerimônia de libertação degradante. (Foto: Reprodução/YouTube/DawnNews English).

Um refém israelense foi obrigado a beijar terroristas durante sua libertação pelo Hamas, no último sábado (22).

Omer Shem Tov estava entre os seis reféns vivos liberados pelo grupo terrorista, no acordo de cessar-fogo com Israel.

Na “cerimônia” de libertação encenada, divulgada em vídeo pelo grupo como propaganda, Omer chega ao local com terroristas mascarados e armados, sobe em um palco e abana para o público, segurando um “certificado de libertação”.

Em seguida, um terrorista que atua de filmmaker orientou cada movimento de Omer e ordenou que ele desse um beijo em seus sequestradores. Toda a encenação foi gravada pelo Hamas.

Segundo a KAN News, o pai de Omer, Malachi Shem Tov, confirmou que os combatentes do Hamas forçaram seu filho a acenar e beijar durante a "cerimônia".

A StandWithUs Brasil, organização que educa sobre Israel em todo o mundo, condenou a cerimônia degradante, que tem sido promovida pelos terroristas na libertação dos reféns.

“Quando sua vida está em jogo, você faz o que for preciso para sobreviver e voltar para casa”, declarou a ONG pró-Israel.

“A imagem do beijo rodou o mundo ontem e foi usada por defensores do Hamas — inacreditável eles ainda existirem — como prova de que o grupo terrorista trataria bem os reféns”, criticou.

Em depoimento à mídia israelense, os seis reféns libertados disseram que enfrentaram privação, abuso e isolamento nos túneis do Hamas, em Gaza.

Omer Tov contou que foi forçado a se disfarçar de mulher muçulmana para ser movido para outros locais. Ele lembrou que foi baixado em um balde para um túnel, cuspido e amaldiçoado pelos sequestradores.

Durante os mais de 500 dias em cativeiro, Tov perdeu 17 quilos. Mesmo enfrentando o terror, ele se manteve firme em sua fé judaica e realizou o kidush – a bênção recitada sobre o vinho ou suco de uva para santificar o Shabat (sábado judaico) ou uma festa judaica.

Após sua libertação, Tov escreveu em uma placa enquanto era transportado em um helicóptero: "Eu quero um hambúrguer". A família do refém descreveu a cena como um símbolo de sua resiliência e retorno à normalidade.

Situação desumana no cativeiro

Os últimos israelenses libertados também relataram que outros reféns foram algemados por meses, morreram de fome e foram deixados na escuridão total.

Eliya Cohen, um dos reféns libertados, disse que ficou algemado por longos períodos, provocando cortes profundos no corpo. 

Ele e outros reféns foram mantidos em túneis fechados com acesso limitado à luz, na grande parte do tempo.

Os israelenses passaram fome e os terroristas comiam na frente deles, como uma forma de tortura psicológica.

Shem Tov, Tal Shoham e Omer Wenkert foram mantidos juntos nos túneis, nos últimos oito meses. Os três comentaram que não tinham noção de tempo e não sabiam quantos dias estavam em cativeiro.

Antes de sua libertação, os guardas do Hamas os alimentaram mais do que o necessário para que parecessem mais saudáveis.

Traumas psicológicos graves

Já Hisham Al-Sayed e Avera Mengistu, reféns israelenses de longa data do Hamas, foram diagnosticados com traumas psicológicos graves. A equipe médica que os atendeu comparou seus estados psicológicos aos de pessoas que suportaram anos de trabalho forçado, tortura e isolamento extremo.

Nesta segunda-feira (24), Israel informou que libertará os 602 prisioneiros palestinos – conforme o acordo feito – se o Hamas devolver imediatamente os corpos de quatro reféns. 

O governo israelense exigiu que os mortos sejam entregues sem a realização da cerimônia degradante com caixões, como da última vez.

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