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Israel

Interesse de judeus pela Bíblia cresce em meio a guerra de Israel

A “Judeus por Jesus” informou que recebeu 1.230 encomendas do Novo Testamento desde o início da guerra.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: sexta-feira, 21 de junho de 2024 às 17:11
Judeu lendo a Bíblia. (Foto: Reprodução/Facebook/Jews For Jesus)
Judeu lendo a Bíblia. (Foto: Reprodução/Facebook/Jews For Jesus)

Uma organização cristã confirmou que o número de encomendas do Novo Testamento entre israelitas aumentou desde que a guerra contra o grupo terrorista Hamas começou.

A “Judeus por Jesus”, afiliado ao movimento judaico messiânico, é uma organização dedicada a ajudar o povo judeu a continuar vivendo sua fé enquanto acredita em Cristo, o Filho de Deus.

A organização permite que os judeus acessem o Novo Testamento gratuitamente através de seu site e dos sites de seus parceiros ministeriais, “One for Israel” ou “Tree of Life Ministries”. 

Segundo o The Christian Post, eles receberam 1.230 encomendas do Novo Testamento desde o início da guerra, em outubro de 2023.

O diretor executivo do Judeus por Jesus, Aaron Abramson, informou que uma possível razão para o aumento de pedidos é que os israelenses parecem ter muitos questionamentos, inclusive espirituais:

“Mas também há uma espécie de desesperança. Israel se orgulha de sua capacidade de se defender, então o dia 7 de outubro foi um verdadeiro golpe para as pessoas: 'Bem, para onde vamos a partir daqui?'".

E continuou: "Então, se você não pode confiar em talvez, digamos, uma solução política, você não pode confiar em uma solução militar, ou se você não pode confiar em uma solução econômica, então onde você coloca sua confiança?". 

“E acho que é por isso que muitas pessoas estão começando a se aprofundar nessas questões espirituais”, acrescentou. 

Ação social

Abramson contou que muitos funcionários da organização em Israel têm esposas, maridos ou filhos nas forças armadas israelenses. Depois da guerra, a organização, em parceria com grupos como a Samaritan’s Purse, decidiu apoiar as vítimas.

Além de ajudar os residentes a se mudarem depois que o Hamas devastou comunidades, o Judeus por Jesus transformou seu Centro Moishe Roshen, em Tel Aviv, em um local que forneceu recursos às pessoas afetadas como alimentos, produtos de higiene pessoal, medicamentos e salas de aula improvisadas para que as crianças das comunidades pudessem continuar a frequentar a escola. 

Abramson destacou que o grupo também montou uma galeria de arte para ajudar as pessoas a se expressarem e organizou churrascos para unidades militares. 

“Então, para nós, a questão era realmente como podemos criar espaço para as pessoas enfrentarem questões mais profundas e como podemos atender a essas necessidades espirituais, bem como atender a algumas dessas necessidades emocionais e físicas?” disse Abramson. 

Oposição

No entanto, apesar dos resultados positivos, uma organização sem fins lucrativos dedicada a ensinar os judeus sobre Jesus gera controvérsias.

O CEO da organização relatou que o grupo notou a resistência de algumas comunidades ortodoxas que se opõem aos judeus pelo trabalho missionário em nome de Jesus.

No passado, ele disse que a organização tentou realizar ações sociais em Jerusalém, e uma yeshiva — instituição educacional judaica tradicional que geralmente inclui o estudo de escritos como o Talmud (coletânea de livros sagrados dos judeus) — com cerca de 20 ou 30 rapazes, apareceu para detê-los. 

“Não estou tentando afirmar que o Judaísmo consiste em seguir Jesus. Eu percebo que a maioria dos diferentes ramos do Judaísmo discordaria de que Jesus é o Messias”, contou Abramson.  

“Mas isso não muda o fato de que há uma quantidade significativa de judeus em Israel, nos Estados Unidos e em outros lugares, que encontraram significado, vida e esperança em Jesus como o seu Messias judeu”, acrescentou. 

Sobre compartilhar o Evangelho com os judeus, Abramson explicou que não existe uma “abordagem única para todos”. Por exemplo, “um judeu secular pode ter dúvidas sobre a existência de Deus e a conversa pode tomar um rumo diferente em comparação com uma discussão com um judeu ortodoxo”.

"Primeiro, não tenha medo. O povo judeu é como todo mundo no sentido de que você pode conversar e trazer coisas à tona. Tente ter uma ideia, eles querem interagir sobre isso? Você sempre pode jogar uma semente", afirmou ele.

"Há momentos em que Deus pode inspirar você a ser ousado e dizer: 'Ei, só quero lhe dizer, não sei se você já considerou isso' e as pessoas virão à fé dessa maneira", concluiu.

 

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