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Israelenses oram e jejuam em meio às ameaças de ataque pelo Irã

As forças israelenses permanecem em estado de alerta máximo, preparadas para possíveis retaliações do Irã no jejum anual de Tisha B'Av.

Fonte: Guiame, com informações de The Times of IsraelAtualizado: terça-feira, 13 de agosto de 2024 às 20:01
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Sander Crombach).
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Sander Crombach).

Em meio às ameaças de ataque pelo Irã após o assassinato do líder do Hamas, judeus estão orando e jejuando em Israel, segundo o The Times of Israel.

O dia do jejum anual marca o Tisha B'Av, que iniciou no pôr do sol de segunda-feira (12) e vai até o anoitecer desta terça-feira (13). Na data, os israelenses lamentam principalmente a destruição dos dois antigos templos que ficavam em Jerusalém e relembram a lição de que as lutas internas entre eles provocam sua própria destruição.

Segundo analistas, o Irã conhece o calendário judaico e poderia escolher o Tisha B'Av para atacar pelo seu significado ao povo judeu. 

Anteriormente, os inimigos de Israel já atacaram em datas comemorativas, como na Guerra do Yom Kippur, quando a nação israelense foi pega de surpresa em 1973 enquanto muitos soldados estavam jejuando e orando na sinagoga.

Além disso, o Tisha B'Av já foi marcado por ataques contra a comunidade judaica em anos anteriores, como o bombardeio do centro judaico AMIA em Buenos Aires. 

Temores

Agora, os judeus em todo o mundo estão preocupados que outra tragédia possa acontecer no dia de lamentação.

“Me sinto mal do estômago ao entrar em Tisha B'Av este ano – o dia mais triste do calendário judaico que começa hoje à noite", desabafou o cantor Scott Borsky, no Facebook. 

"Os israelenses e o mundo estão se preparando para a resposta do Irã ao assassinato do líder do Hamas. Fontes de inteligência ocidentais dizem que isso pode acontecer em Tisha B'Av”.

Além das ameaças externas, os israelenses ainda lidam com o aumento das tensões políticas internas e as divisões em Israel.

“Eu me pego sentada e preocupada – e não por causa da ameaça do Irã ou do Líbano, mas por causa do que nos tornamos. Por causa da legitimidade que demos ao ódio intransigente”, escreveu a israelense Dina Epshtein, em postagem no Facebook.

Alguns israelenses disseram que relembrar a história da destruição do primeiro templo teve um significado mais forte neste Tisha B'Av, devido ao ataque de 7 de outubro.

“Nos últimos anos, li [o livro de Lamentações] sobre estupro de mulheres e sequestro de crianças, e me conectei a isso como um exagero poético. Este ano vivemos o exagero – inimigos que praticavam esses mesmos níveis de crueldade. Ajuda lembrar que nosso povo já esteve aqui antes e sobreviveu”, refletiu a rabina Leah Sarna no Instagram.

Ameaça de conflito mais amplo

As forças israelenses permanecem em estado de alerta máximo, preparadas para possíveis retaliações do Irã e de seus aliados após a eliminação do principal líder do Hamas no mês passado.

Na noite de domingo (11), o Hezbollah lançou uma série de foguetes em direção ao norte de Israel.

Desde o início da guerra em Gaza, o lançamento de foguetes contra Israel por militantes do Hezbollah apoiados pelo Irã a partir do sul do Líbano tornou-se quase uma ocorrência diária. O aumento desses ataques intensifica os temores de que um possível ataque iraniano possa escalar para um conflito regional mais amplo.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, destacou um submarino com mísseis guiados para o Oriente Médio e acelerou a chegada de um grupo de ataque de porta-aviões à região em antecipação a um possível ataque iraniano contra Israel, conforme comunicado do Pentágono na noite de domingo.

O anúncio foi feito após uma ligação entre o secretário de Defesa dos EUA e seu homólogo israelense, Yoav Gallant.

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