O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na quarta-feira (22) que impediria a aprovação de uma proposta que visa punir o proselitismo cristão com pena de prisão.
O projeto de lei foi apresentado em janeiro por dois legisladores judeus ultraortodoxos, incluindo Moshe Gafni, que chefia o Comitê de Finanças do parlamento.
Ele diz que fazer alguém se converter a outra fé é algo digno de ser punível com 1 ano de prisão e que, em casos de conversão de um menor de idade, a pena deveria ser de 2 anos.
O projeto levantou alvoroço entre os cristãos
O projeto de lei que ainda não foi aprovado chamou a atenção do mundo evangélico americano, esta semana, depois que o All Israel News divulgou a notícia.
Netanyahu anunciou no Twitter: “Não avançaremos com nenhuma lei contra a comunidade cristã”.
Gafni disse que apresentou o projeto de lei como uma questão processual, como fez no passado, e que não havia planos de fazê-lo avançar.
Cumprimento de profecia bíblica?
Os cristãos evangélicos, particularmente nos Estados Unidos, estão entre os mais fortes defensores de Israel, e estão entendendo a questão como o “cumprimento da profecia bíblica” que anuncia a segunda vinda de Jesus e os últimos dias.
De acordo com o AP News, há muito tempo que Israel recebe o apoio político e financeiro dos evangélicos.
“Mas a maioria dos judeus vê qualquer esforço para convertê-los ao cristianismo como algo profundamente ofensivo”, explicou o veículo ao esclarecer que por conta disso os cristãos raramente visam os judeus.
Joel Rosenberg, editor-chefe do All Israel News, disse que o anúncio de Netanyahu ocorre em um momento de turbulência em Israel e que o primeiro-ministro diz que tem planos de reformar o sistema jurídico do país.
“Netanyahu é um amigo de longa data da comunidade cristã global e sua ação hoje, em meio a todas as outras questões, é mais uma prova disso”, concluiu Rosenberg.
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