Dados divulgados no dia de Natal apontam que o número de cristãos na Terra Santa cresceu ligeiramente. Os cristãos agora representam 1,9% da população do estado judeu, diz o relatório publicado pelo Bureau Central de Estatísticas.
Os dados revelam que população cristã de Israel cresceu cerca de 2% em 2021, o ano mais recente para o qual há dados disponíveis.
Deste contingente, curiosamente, quase 76% que vivem em Israel são cristãos árabes, representando cerca de 7% da população árabe de Israel, de acordo com o estudo do governo israelense.
A distribuição desta população no território aparece da seguinte forma: a maior parte dos cristãos árabes de Israel vivem em Nazaré (21.100), seguida por Haifa (16.700), Jerusalém (12.900) e Shefar'am (10.500).
O lar cristão médio é composto por 3,06 pessoas, o que equivale a um lar judeu, mas menor do que um lar muçulmano, que tem em média 4,46 pessoas.
“O número médio de filhos até 17 anos em famílias cristãs com filhos até essa idade é de 1,86”, diz o relatório. “Dessas famílias cristãs, o número médio de crianças até 17 anos nas famílias árabes cristãs é de 1,94 – menor do que o número nas famílias judias (2,42) e nas famílias muçulmanas (2,62).”
Os cristãos árabes também eram muito mais propensos a buscar o ensino superior do que outros grupos demográficos.
Quase 53% dos cristãos árabes e cerca de 31% dos cristãos não árabes seguiram o ensino superior após concluir o ensino médio - uma proporção maior do que a população árabe muçulmana (31,2%) e a população judaica (48,2%).
O relatório mostra que “a proporção de mulheres entre os estudantes cristãos era maior do que a proporção de mulheres entre o número total de alunos em graus avançados: 65,2% e 53,1%, respectivamente, dos que cursavam o terceiro grau, e 73,8% e 64,2%, respectivamente, dos cursando o segundo grau.”
Evangelismo proibido
A presença de cristãos na Terra Santa há muito é controversa, especialmente quando grupos de fora chegam ao país do Oriente Médio. O evangelismo no estado judeu é desaprovado.
Em janeiro de 2021, a CBN News relatou que a Agência Judaica para Israel, uma organização que ajuda o povo judeu a imigrar para Israel, anunciou que estava cortando relações com um grupo cristão com sede no Canadá devido às alegações de que o ministério havia se envolvido em evangelismo.
O rabino Tuly Weisz, fundador da Israel365, uma organização dedicada a ajudar os cristãos evangélicos a entender o significado bíblico do estado judeu, escreveu em outubro que está preocupado com o número de cristãos que compartilham o Evangelho com o povo judeu enquanto estão em Israel, reportou o Faithwire.
“Infelizmente, alguns dos visitantes cristãos esperam usar seu tempo no estado judeu para se envolver em atividades missionárias”, escreveu ele no The Jerusalem Post. “A Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém faz o possível para evitar isso, alertando seus convidados a se absterem de tal comportamento ofensivo”.
Enquanto alguns cristãos simpatizam com as palavras de Weisz, outros - como o apresentador de rádio e autor Dr. Michael Brown - acreditam que é fundamental para os crentes evangelizar o povo judeu.
“Todo crente judeu que conheço exorta os cristãos a compartilhar as Boas Novas com nosso povo”, disse ele ao The Christian Post. “É a coisa mais desamorosa que você pode fazer para negar a água da vida a um judeu.
Judeus e gentios são salvos exatamente da mesma maneira. É pela fé em Jesus, por meio de Sua morte na cruz. E sem isso, não há salvação.”
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