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Israel

Professora que salvou 300 crianças do Holocausto morre aos 100 anos

Andrée Geulen-Herscovici fazia parte do Comitê para a Defesa dos Judeus, instituição clandestina que ajudava a proteger grupos perseguidos.

Fonte: Guiame, com informações do Yad Vashem e CrescerAtualizado: sexta-feira, 10 de junho de 2022 às 12:54
Andrée Geulen com um de seus sobreviventes durante uma visita ao Museu de História do Holocausto Yad Vashem, ‏2007. (Foto: Reprodução / Yad Vashem)
Andrée Geulen com um de seus sobreviventes durante uma visita ao Museu de História do Holocausto Yad Vashem, ‏2007. (Foto: Reprodução / Yad Vashem)

Andrée Geulen-Herscovici, conhecida por ter salvado centenas de crianças do Holocausto morreu, em 1º de junho, aos 100 anos. A professora belga impediu que elas fossem enviadas a campos de concentração nazistas na Segunda Guerra Mundial.

A professora tinha apenas 20 anos quando foi confrontada com a perseguição aos judeus. Lecionando em uma escola em Bruxelas, na Bélgica, viu alguns de seus alunos chegaram para estudar com a estrela amarela obrigatória na roupa.

Andrée Geulen era professora em uma escola belga. (Foto: Reprodução / Yad Vashem)

Ao se deparar com a discriminação de seus alunos, ela decidiu agir. Andrée ordenou que todos usassem aventais na escola, cobrindo assim a humilhante marcação imposta aos judeus.

Escola invadida

Durante o ano de 1943, a escola onde Andrée dava aulas foi invadida pelos alemães.

Na época, as tropas começaram a levar famílias inteiras para campos de extermínio.

Durante a ocupação nazista na Bélgica, Andrée fazia parte do Comitê para a Defesa dos Judeus, uma instituição clandestina que ajudava a proteger os grupos perseguidos. Ela era responsável por entrar em contato com as famílias judias e oferecer acolhimento. Para isso, atuava para conseguir documentos e identidades falsas com famílias e instituições católicas.

Salvando 300 crianças

Junto com a diretora Ida Sterno, ela tentou esconder 12 crianças. Mas logo os alunos foram encontrados e as duas foram pegas.

Andrée Geulen [à esq.] com Ida Sterno [à dir.], sua parceira judia no CDJ. (Foto: Reprodução / Yad Vashem)

Apesar dos riscos, a professora escapou da prisão continuou trabalhando para impedir que mais famílias judias morressem nos campos de concentração. Andrée procurava estudantes para alertá-los a não voltar à escola.

Durante dois anos, Andrée alugou um apartamento e tirou crianças judias do convívio com os pais e as enviou para mosteiros cristãos, onde estariam a salvo das tropas alemãs.

Para mantê-los em segurança, nem mesmo os pais sabiam onde a professora escondia seus filhos.

Andrée conseguiu salvar a vida de 300 crianças.

Em 2 de agosto de 1989, Andrée Geulen foi reconhecida como “Justa entre as Nações”.

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