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Refém que era ateu encontra fé no cativeiro do Hamas: “Entendi que Deus existe”

Sasha Troufanov foi criado como ateu e, no cativeiro, viveu um despertar espiritual: “Descobri Deus em Gaza”.

Fonte: Guiame, com informações de Israel National NewsAtualizado: quarta-feira, 4 de junho de 2025 às 12:30
Sasha Troufanov. (Foto: Reprodução/Instagram/Sasha is home)
Sasha Troufanov. (Foto: Reprodução/Instagram/Sasha is home)

Em uma entrevista recente, Sasha Troufanov, um jovem que sobreviveu ao cativeiro dos terroristas do Hamas, falou pela primeira vez como a fé o ajudou a superar as dificuldades que enfrentou durante seu tempo em Gaza.

Na entrevista para o jornal Kfar Chabad, Sasha — que era ateu — contou que, em meio aos desafios físicos e emocionais que enfrentou, experimentou um despertar espiritual no cativeiro.

“Antes do 7 de outubro, eu não acreditava em Deus. Fui criado em uma família ateia. Deus não tinha lugar nenhum na minha vida”, disse ele. 

E continuou: “Durante o tempo em que fiquei em Gaza e com as coisas difíceis pelas quais passei, passo a passo, consegui um lugar para pensar e refletir na minha vida. E, nesse lugar, eu cheguei à compreensão de que Deus existe e isso me deu muita força”. 

O jovem destacou que, através da oração, encontrou forças para superar as adversidades: “Entendi que, talvez, Deus tenha me movido para um lugar que é bem difícil, onde você está muito triste, está sozinho e se sente muito vulnerável. Porém, é minha escolha o que fazer com isso. Posso ficar triste, posso ficar deprimido ou encontrar forças para fazer coisas que me ajudem a sair dessa situação, para encontrar a felicidade, mesmo que não haja muito pelo que ser feliz”. 

Sasha, no entanto, optou por descansar em Deus e recebeu paz: “Escolhi a segunda opção e ela me ajudou muito durante o tempo em que minha vida estava em perigo, me ajudou a passar pelas dificuldades, além de me ajudar fisicamente. Também ajudou minha alma. E eu sou muito grato por conseguir encontrar essa fé em Deus durante esse momento difícil”.

Desafios do cativeiro

Em seguida, Sasha revelou como era a rotina no cativeiro dos terroristas: “Eu não tinha quase nenhum controle sobre nada. Muitas vezes minha vida esteve em perigo, e eu poderia ter sucumbido ao desespero, mas cada vez que chegava a um ponto de ruptura, algo acontecia que me ajudava a perseverar”.

O jovem passou por condições extremas marcadas por longos períodos de fome, interrompidos apenas por breves momentos de alimentação adequada.

"Comida significava não ficar com fome depois de comer: feijão, tomate, cebola, arroz. Não era uma refeição de verdade, mas pelo menos nos saciava", contou ele.

Falando sobre suas lesões físicas, Sasha explicou que foi baleado na perna durante o sequestro e sofreu mais ferimentos, incluindo uma luxação no ombro e traumatismo craniano. Contudo, essas lesões influenciaram significativamente a dinâmica de seu confinamento.

"Por causa da minha condição, não fiquei acorrentado. Eles pensaram que eu era um soldado devido ao meu porte físico, mas meus ferimentos os levaram a me tratar com mais gentileza", relembrou ele.

Mais tarde, Sasha recebeu tratamento médico em uma unidade em Gaza: “Aqueles primeiros momentos estão gravados na minha memória. Fui levado a uma casa que parecia uma lata de lixo. O cheiro, o ambiente, o comportamento das pessoas — tudo era completamente diferente do que eu conhecia. Eu estava fisicamente destruído, machucado e isolado”.

"Houve muitos momentos em que fiquei profundamente perturbado — querendo fazer algo e não conseguindo — e então algo além do meu controle me animava. Descobri Deus em Gaza. Foi assim que entendi que nem tudo depende de mim", concluiu.

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