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Rússia reconhece Jerusalém Ocidental como capital de Israel, em anúncio surpresa

A Rússia reconheceu a parte ocidental de Jerusalém como capital de Israel. Nenhum outro país do mundo reconhece Jerusalém como capital da nação judaica.

Fonte: Guiame, com informações de The Jerusalem PostAtualizado: segunda-feira, 10 de abril de 2017 às 20:06
Presidente russo, Vladimir Putin e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. (Foto: Reuters)
Presidente russo, Vladimir Putin e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. (Foto: Reuters)

A Rússia reconheceu Jerusalém Ocidental como capital de Israel, em um anúncio surpresa feito na última quinta-feira (6) pelo Ministério das Relações Exteriores do país.

O anúncio surge enquanto a administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia a possibilidade de mover sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém — um movimento que reconheceria a parte ocidental da cidade como capital de Israel. Nenhum outro país do mundo reconhece Jerusalém como capital da nação judaica.

“Reafirmamos nosso compromisso com os princípios aprovados pela ONU para um acordo palestino-israelense, que incluem Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado da Palestina. Ao mesmo tempo, devemos afirmar que, neste contexto, vemos Jerusalém Ocidental como capital de Israel”, disse a declaração russa.

Esta é uma mudança notável na política russa, que vem declarando formalmente que Jerusalém deve estar sob um permanente regime internacional.

O Embaixador da Rússia em Israel, Alexander Shein, pretende se reunir com funcionários do Ministério das Relações Exteriores nos próximos dias para discutir a decisão de Moscou. Atualmente, não há intenção de se mover a embaixada da Rússia para Jerusalém.

Embora este seja o primeiro reconhecimento de outro país além dos EUA, uma publicação do jornal The Jerusalem Post alerta que Israel deve ser cauteloso, já que toda a cidade de Jerusalém é considerada sua capital — e não apenas uma parte.

Moscou reafirmou que a criação de dois Estados seria uma opção ideal “para atender a interesses nacionais do povo palestiniano e israelita, ambos os quais têm relações amigáveis com a Rússia”. O país também se comprometeu em “garantir o livre acesso aos locais sagrados de Jerusalém para todos os religiosos”.

Um diplomata israelense disse que o movimento da Rússia — que vem logo na sequência do ataque químico na Síria — pode ter a intenção de desviar as críticas por ser a facilitadora principal do presidente sírio, Bashar al-Assad.

Da mesma forma, o diplomata afirmou que é provável que a declaração seja uma resposta de Moscou para os aparentemente esforços dos EUA em redespertar o processo diplomático entre Israel e Palestina, demonstrando um sinal de que a Rússia é relevante e quer desempenhar um papel ativo no processo.

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