A União Europeia disse que começará a examinar novos manuais escolares palestinos, depois que um estudo revelou que eles estão incitando as crianças à violência e desencorajando a paz com Israel.
A chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, disse que a comissão já reservou fundos para a investigação.
"O estudo será realizado por um instituto de pesquisa independente e reconhecido internacionalmente", disse ela em um comunicado.
A investigação se concentra em "identificar possíveis incitações ao ódio e à violência e qualquer possível descumprimento dos padrões de paz e tolerância da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) na educação", continuou Mogherini.
A UE já começou a investigação. Ela segue um estudo do Instituto de Monitoramento da Paz e Tolerância Cultural na Educação Escolar (IMPACT-se) lançado no mês passado, que revelou as ideologias radicais sendo ensinadas às crianças palestinas em seus novos livros didáticos.
O relatório de 70 páginas diz que os novos livros incluem uma "omissão sistemática de qualquer referência a uma presença judaica na Palestina antes de 1948. No entanto, os judeus foram mencionados anteriormente, bem como o nome 'Israel' em dois mapas".
As crianças não são ensinadas a resolver conflitos com o objetivo final da paz. Em vez disso, eles são ensinadas a sacrificar suas vidas e se tornarem mártires.
"Pela primeira vez, uma referência violenta ao destino de seis milhões de judeus que vivem em Israel depois de sua libertação aparece em um poema que chama a 'aniquilar os remanescentes dos estrangeiros' depois de 'eliminar o usurpador", diz o relatório.
O currículo também enfatiza retomada de Israel pelos "refugiados" palestinos por meio da violência.
Os pesquisadores que fizeram o estudo colocaram parte da culpa na própria União Europeia.
"A União Europeia é o maior doador financeiro do Ministério da Educação da Palestina. Mas o dinheiro e boa vontade dos contribuintes europeus foram mal utilizados durante anos, com gerações de jovens palestinos passando por radicalização sistemática", disse Marcus Sheff, CEO do instituto.
"Não há nenhuma justificativa para isso. A Autoridade Palestina absorve centenas de milhões de euros e, em troca, educa milhões de crianças para se tornarem violentas, cheias de ódio e guiadas para a Jihad. Esperamos que a análise aprofundada da UE sobre essa questão ajude a colocar um ponto final nessa situação, no abuso de crianças e, finalmente, permitir que jovens palestinos recebam uma educação significativa voltada à paz e tolerância".
Após a divulgação do relatório do IMPACT-se, o parlamento da UE aprovou uma legislação destinada a impedir que os fundos de ajuda fossem enviados à Autoridade Palestina.
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