Dia da Bíblia - "A história da Bíblia continua sendo escrita", diz Mario Rost

"Ela merece lugar de destaque na história da literatura e da humanidade", afirma o representante da SBB sobre a Escritura Sagrada

Fonte: guiame.com.brAtualizado: sexta-feira, 12 de dezembro de 2014 às 14:05
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bíbliaNo segundo domingo de dezembro, comemora-se o Dia da Bíblia. A data foi criada em 1549, pelo Bispo Cranmer, na Grã-Bretanha. No Brasil, a data começou a ser celebrada em 1850, mas a primeira manifestação público foi em 1948, quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil.

Para falar do trabalho de produção, distribuição e divulgação da Bíblia Sagrada, o gerente de Desenvolvimento Institucional da SBB, Mario Rost, concedeu entrevista ao GUIAME.

No início da conversa, Rost destacou o papel importante da Escritura Sagrada na história da humanidade.

“É interessante como a Bíblia desperta a atenção das pessoas não só na igreja. Mesmo que você não queira pensar no aspecto que a Bíblia contém textos considerados sagrados para várias religiões, ainda assim ela merece lugar de destaque na história da literatura e da humanidade. Verdades e valores que estão no Livro Mais Lido fazem parte do alicerce da cultura ocidental.”

GUIAME: Aparelhos celulares e tablets oferecem diversos aplicativos da Bíblia. Os formatos digitais ameaçam a distribuição da Bíblia impressa?

MR: Pelo contrário. Os formatos digitais são, muitas vezes, a porta de entrada e o primeiro contato de algumas pessoas com a Bíblia, mas depois elas procuram o livro ou até outros aplicativos que ajudam a entender o texto bíblico. Há uma tendência de que na medida que se firme o formato digital possa haver um menor uso do formato impresso. Isso deve acontecer daqui algumas décadas, mas isso não é para agora, por enquanto não sentimentos nenhuma redução. Ano após ano o número de impressos vem aumentando no Brasil e no mundo. As Sociedades Bíblicas Unidas distribuem 32 milhões de Bíblias no mundo, sendo que sete milhões e meio são no Brasil. Dá pra dizer que a cada quatro Bíblias distribuídas no mundo, uma é no Brasil.

GUIAME: Quando a Bíblia é citada por alguém conhecido na mídia, algumas críticas surgem e geram polêmicas. Por que acredita que isso acontece?

MR: A crítica ao uso da Bíblia em momentos decisivos na vida das pessoas geralmente parte de quem não conhece. Algo do tipo ‘eu não li e não gostei’. Na experiência de vida das pessoas, sejam elas encarregadas de um país, uma cidade, ou decisões de uma mãe, um educador, entre outros, a experiência é que princípios bíblicos dão um norte para tomar decisões.

GUIAME: Em alguns países, a entrada da Bíblia é proibida. Como a SBB trabalha para que a Palavra de Deus chegue a esses locais?

MR: As Sociedades Bíblias Unidas usam estratégias para chegar com a mensagem bíblica onde não é possível chegar do modo tradicional. É mais difícil de entrar um livro em formato digital do que o material impresso. Quem sabe isso esteja a indicar que essas barreiras do impresso vão ser superadas mais facilmente através de outros meios. As sociedades bíblicas não estão interessadas apenas na venda do livro Bíblia, mas em divulgar a mensagem que a Bíblia tem. Existem situações em que não se pode entrar da maneira tradicional, mas, em geral, o interesse pela mensagem da Bíblia é crescente.

GUIAME: A SBB também trabalha com inclusão e facilita o acesso de pessoas com limitações à Bíblia Sagrada.

MR: Até 2002 não havia a Bíblia completa em braile no Brasil, foi quando a SBB implementou a produção de Bíblias no sistema braile. De lá para cá milhares de Bíblias foram doadas a pessoas com essa necessidade. Atualmente, nós temos capacidade de produzir quatro exemplares da Bíblia completa em braile por dia. Pessoas que se sentiam sem acesso ao texto, ou apenas através de áudio, têm a facilidade como a de uma leitura de tinta para nós.

GUIAME: Comunidades de difícil acesso e pessoas aparentemente esquecidas têm sido alcançadas pela Palavra de que forma?

MR: A Bíblia não é preparada para ficar em uma prateleira. O ciclo da tradução da Bíblia se completa quando ela chega na situação concreta da pessoa. Mateus 25, por exemplo, é uma das passagens que dá direções de onde a Bíblia deve chegar. A Sociedade Bíblica desenvolve programas para que ela chegue a presídios, a comunidades de recuperação, a escolas, entre outros lugares. A Sociedade Bíblica não é uma igreja, mas é serva das igrejas para que elas levem as Boas Novas onde é preciso.

GUIAME: No segundo domingo de dezembro é comemorado o Dia da Bíblia. O que é proposto nessa data?

MR: A SBB propôs o tema ‘A Bíblia e a Família’, focando em crianças e idosos. Estamos convidando as igrejas a refletirem sobre como é que a mensagem da Bíblia tem sido passada a novas gerações. Como as gerações mais antigas são bênção para as novas quando lhes ensinam sobre a bondade de Deus e como o contato com as novas gerações são importante para os mais velhos.

GUIAME: Como é sua experiência pessoal por estar envolvido em um projeto como esse?

MR: Para mim isso é a vida, é a razão de viver. É um privilégio participar da distribuição da mensagem bíblica. Contar o que acontece dia após dia na sede da SBB ou nas regionais é contar histórias de vidas transformadas. Uma coisa que me emociona é pensar que a Bíblia tem uma história bonita, mas a história da Bíblia continua sendo escrita. Que outras páginas Deus está preparando? Que outras páginas as igrejas vão preparar?

 

Por Juliana Simioni
GUIAME.COM.BR

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