80% dos religiosos perseguidos pelo mundo são cristãos, diz relatório britânico

O relatório, desenvolvido pelo bispo anglicano Philip Mounstephen, está sendo enviado ao Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 7 de maio de 2019 às 17:36
Relatório diz que 80% dos religiosos perseguidos pelo mundo são cristãos. (Foto: Reprodução/Church Leaders)
Relatório diz que 80% dos religiosos perseguidos pelo mundo são cristãos. (Foto: Reprodução/Church Leaders)

Aproximadamente quatro entre cinco pessoas que sofrem perseguição por causa de suas crenças religiosas são cristãs, de acordo com um relatório encomendado pelo governo britânico.

O bispo anglicano Philip Mounstephen desenvolveu um relatório provisório focado nos cristãos perseguidos e entregou os dados na última sexta-feira (3) ao Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido.

De acordo com o relatório, 80% dos religiosos perseguidos em todo o mundo são cristãos. Mounstephen explicou que, embora a estatística derive de uma pesquisa de 10 anos da Sociedade Internacional dos Direitos Humanos, ela permanece correta.

“Embora esse número não apareça mais no site do Serviço Internacional para os Direitos Humanos (ISHR, na sigla em inglês), em conversas privadas com líderes da entidade, eles mantêm o número e sugerem que agora essa é uma estimativa conservadora”, disse o bispo.

O relatório citou outras pesquisas, incluindo um estudo do Pew Research Center de 2017, que descobriu que os cristãos eram alvo em 144 países por causa de sua crença.

“Os cristãos foram perseguidos em mais países do que qualquer outro grupo religioso e sofreram assédio em países fortemente muçulmanos do Oriente Médio e Norte da África”, afirmou a pesquisa, conforme citado no relatório.

O relatório chegou a dizer que a perseguição cristã em todo o mundo não estava apenas aumentando, mas “sem dúvida chegando perto de atender a definição internacional de genocídio”.

“A erradicação de cristãos e outras minorias sob a pena da ‘espada’ ou outros meios violentos revelou-se o objetivo específico e declarado de grupos extremistas na Síria, Iraque, Egito, nordeste da Nigéria e Filipinas”, afirma o relatório. “A intenção de apagar todas as evidências da presença cristã foi esclarecida pela remoção de cruzes, a destruição de edifícios e outros símbolos da Igreja”.

Um relatório final deve ser concluído ao longo dos próximos dois meses, incluindo informações detalhadas sobre “países em foco”, onde os cristãos enfrentam um tratamento especialmente duro.

O secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jeremy Hunt, disse em um comunicado na última sexta que o relatório provisório é “uma leitura realmente séria”. “Não há nada mais medieval do que odiar alguém com base em sua fé. Essa ascensão deve chocar a todos nós”, afirmou Hunt.

Hunt disse que está ansioso para ver o relatório final e quer identificar passos específicos que o governo pode tomar para fazer mais pelos cristãos perseguidos em todo o mundo.

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