Apesar das dificuldades, pastor realiza mais de 4.300 batismos no Nepal

O Nepal é um dos países mais difíceis para a pregação do Evangelho e figura em 34º da Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas.

Fonte: Guiame, Adriana BernardoAtualizado: terça-feira, 9 de fevereiro de 2021 às 18:24
Batismo e cristãos em uma das igrejas plantadas pelo Pr. Kulbhadur no Nepal. (Foto: Reprodução / Pr. Kulbhadur)
Batismo e cristãos em uma das igrejas plantadas pelo Pr. Kulbhadur no Nepal. (Foto: Reprodução / Pr. Kulbhadur)

O Nepal é um país pobre do sul da Ásia, na região dos Himalaias, localizado entre a Índia e o Tibete. Em uma população de 30 milhões, o hinduísmo é a religião praticada pela maioria dos nepaleses. No entanto, o trabalho missionário tem visto o rápido crescimento do cristianismo, de acordo com números da World Christian Database. Atualmente, o Nepal tem cerca de 1,3 milhão de cristãos.

Para que esse crescimento aconteça, missionários e plantadores de igrejas trabalham, com mínimas condições, entre as populações empobrecidas e encravadas nas regiões montanhosas do país. Lugares ermos onde os moradores ficam esquecidos até mesmo de ações governamentais, mas não dos missionários.

Pastores oram por morador do Nepal. (Foto: Reprodução / Pr. Kulbhadur)

Para contar um pouco sobre os desafios na evangelização do Nepal, o Pr. Kulbhadur concedeu uma entrevista exclusiva ao Guiame. Ele faz missão no país desde 2010: “Estamos fazendo o ministério de plantação de igrejas no Nepal entre povos da selva, leprosos e desabrigados”.

Evangelizar no Nepal não é fácil, diz Kulbhadur: “O país tem forte idolatria. Aqui as pessoas adoram ídolos, como árvores, água e animais. Todos eles estão na escuridão e gostaríamos de trazê-los para a luz de Deus”.

Crianças vivem em extrema pobreza, no Nepal. (Foto: Reprodução / Pr. Kulbhadur)

Para evangelizar e atender aos nepaleses em suas necessidades espirituais e com assistência social, o Pr. Kulbhadur conta com a ajuda de cinco auxiliares: o Pr. Pram BK, Pr. Ganga BK, Pr. Suresh Thapa, Pr. Indra Rashali e Pr. Fulram Tharp.

Dificuldades e perseguição

Em 2021, o Nepal figura em 34º da Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas. Cristãos que se convertem do hinduísmo são mais vulneráveis à perseguição naquele país, segundo a organização.

De acordo com a Portas Abetas, a perseguição é ainda pior em áreas rurais, como as atendidas pelo Pr. Kulbhadur, do que em ambientes urbanos. Além disso, todos os cristãos correm risco de acusações sob a lei anticonversão.

“O Nepal é uma nação hindu, eles são fortes em sua religião. Frequentemente eles espancam pastores”, explica o Pr. Kulbhadur. Ultimamente, ele conta que a situação está um pouco mais tranquila.

Kulbhadur e seus auxiliares evangelizam famílias em extrema pobreza, e visitam tribos distantes. “Andamos a pé cerca de 32 quilômetros todos os dias”, explica o pastor, que precisa de uma motocicleta para ajudar no transporte pelas regiões montanhosas do país.

As igrejas são locais de distribuição de alimentos, para ajudar as famílias em extrema pobreza. (Foto: Reprodução / Pr. Kulbhadur)

“Não temos nenhum tipo de ajuda; de lugar algum. Precisamos de motocicletas para nos ajudar a fazer as visitas e plantar as igrejas A região é muito difícil, montanhosa. Os veículos facilitariam muito nosso trabalho missionário”, explica.

O pastor diz que outra grande dificuldade que eles têm é com material cristão, especialmente Bíblias. “Precisamos de 5.000 Bíblias para o Nepal”, apela.

Mesmo com toda a dificuldade e com as perseguições, em uma década de trabalho missionário no Nepal, o Pr. Kulbhadur e sua equipe conseguiram grandes resultados. “O crescimento da igreja é bom, mas não temos suporte algum. Os membros da nossa igreja precisam da sua oração”, diz.

Apesar da falta de ajuda, nesse tempo eles já batizaram cerca de 4.300 pessoas até hoje. O trabalho missionário da equipe também leva ajuda social para a população pobre, especialmente alimentos.

Culto em igreja plantada pelo Pr. Kulbhadur e equipe. (Foto: Reprodução / Pr. Kulbhadur)

Para conseguir executar sua missão, o Pr. Kulbhadur trabalha em tempo integral no ministério, dedicando-se totalmente à obra de Deus.

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